Corpo de Bombeiros quer identificar autores de �udios racistas contra atriz

O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro tenta descobrir quem s�o os supostos agentes que gravaram e divulgaram nas redes sociais v�deos e �udios ofendendo a atriz Cacau Prot�sio com coment�rios racistas e gordof�bicos, al�m de xingamentos, depois que ela gravou cenas de um filme em um quartel do Rio, no �ltimo domingo, 24.

A artista fluminense de 44 anos, que j� atuou em novelas como "Avenida Brasil" (interpretando a empregada Zez�) e est� em cartaz nos cinemas com "Vai Que Cola 2 - O Come�o", como Terezinha, gravou ao lado do ator Marcos Pasquim cenas do filme "Juntos e Enrolados" no quartel central do Corpo de Bombeiros do Rio, no domingo, 24.

Ap�s a grava��o, ainda no domingo, ela postou nas redes sociais uma mensagem em que agradeceu a acolhida dos bombeiros: "Eu gostaria de agradecer ao Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro, na pra�a da Rep�blica, por nos receber muito bem hoje, nos assessorou em todos os momentos. Muito obrigada! Essa corpora��o tem meu respeito, eu estou amando fazer uma Bombeiro Sargento Diana! Obrigada, Deus, mais uma hist�ria linda para contar! Eu quero homenagear os Bombeiros maravilhosos da minha fam�lia, @clvalente e @dirceuprotasio. Parceiro @pasquim, eu amei nosso dia", escreveu.

Na segunda-feira come�aram a circular v�deos e �udios criticando a atriz. "Mete aquela gorda, preta, filha da puta na farda de bombeiro. Uma bucha de canh�o daquela, um monte de bailarino viado quebrando at� o ch�o", criticou um suposto bombeiro. "Olha a vergonha no p�tio do Quartel Central. Essa mulher do Vai que Cola, aquela gorda, botou a farda e colocou uns dan�arinos viados com roupa de bombeiro. Isso � um esculacho, rapaz. Qual � a desse comandante? Vai deixar uma p... dessas no p�tio do quartel?", questionou outro homem. Algumas afirma��es foram feitas enquanto o autor filmava a encena��o, o que demonstra que ele estava dentro do quartel.

Na quarta-feira, 27, Cacau fez um desabafo: "Sou negra, sou gorda, sou brasileira, sou atriz, eu conto hist�ria, eu conto fic��o. Eu n�o mere�o ser agredida, assim como nenhuma pessoa. Eu respeito a opini�o de alguns bombeiros de ah eu n�o acho certo, mas vai ver realmente a hist�ria antes de agredir", afirmou. "Sou uma pessoa forte, mas ouvir tudo isso de um ser humano � horr�vel, muito triste. E como uma pessoa que veste uma farda t�o linda tem essa postura, como eu posso dizer que ele salva vidas?", pergunta a atriz, aos prantos, em v�deo divulgado pelas redes sociais.

Cacau informou que vai denunciar as ofensas � Pol�cia Civil. Se identificado, o autor pode ser processado por inj�ria racial, que prev� pena de um a tr�s anos de pris�o, al�m de multa.

O Corpo de Bombeiros divulgou nota em que afirma que "n�o compactua com qualquer ato discriminat�rio", "se solidariza com a atriz" e "j� abriu procedimento interno para identificar o(s) militar(es) e apurar a conduta". "O CBMERJ refor�a o seu compromisso com a popula��o (...) independente de cor, g�nero, ra�a ou qualquer outra distin��o. Os atos divulgados n�o representam a corpora��o centen�ria (...) considerada a institui��o mais confi�vel do Brasil".