(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas GERAL

Alter do Ch�o sofre press�o de grileiros h� anos, aponta MPF


postado em 30/11/2019 09:03

As terras que cercam a vila de Alter do Ch�o, em Santar�m (PA), passaram a ser alvo da cobi�a de grileiros e especuladores imobili�rios depois de se tornarem importante destino do turismo ecol�gico brasileiro, segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF). A regi�o, banhada pelo Rio Tapaj�s, tem belas praias fluviais. As a��es contra a ocupa��o e a venda de terras protegidas nesse peda�o do Par� remontam a 2004, quando opera��es da Pol�cia Federal prenderam quadrilhas que loteavam e vendiam terra grilada.

A regi�o entrou no foco recente das aten��es depois de uma opera��o policial que resultou em buscas nas sedes de organiza��es ambientais e na pris�o de quatro brigadistas, acusados de provocar inc�ndios para obter recursos - eles foram libertados anteontem. O MPF chamou para si o inqu�rito estadual porque, desde 2015, investiga um esquema de grilagem, ocupa��o ilegal e especula��o imobili�ria em Alter. O procurador da Rep�blica Lu�s de Cam�es Lima Boaventura afirma que os inc�ndios podem ser decorrentes das a��es desses invasores.

Boaventura � autor de uma a��o civil p�blica que tenta obrigar um dos grileiros, Silas da Silva Soares, a recuperar �reas degradadas em uma gleba de 410 hectares que ele loteou na localidade de Capad�cia, � margem do Lago Verde, no interior da �rea de Prote��o Ambiental (APA) Alter do Ch�o. Soares teria vendido ao menos 40 lotes para forasteiros e pessoas da regi�o, entre elas agentes p�blicos. Conforme o procurador, existe a suspeita de que os inc�ndios que destru�ram ao menos 1.175 hectares, em setembro, tenham se iniciado no loteamento.

Soares foi condenado a 6 anos e 10 meses de pris�o pelos crimes ambientais, mas est� foragido. Em sua defesa, alegou que recebeu as terras como heran�a de seus pais e, al�m de construir uma moradia para sua habita��o, cedeu parte da posse a parentes. Seu advogado, Raimundo Nonato Castro, disse que ele estava fora da cidade, em tratamento m�dico, quando aconteceram as queimadas.

Fauna e flora

O hist�rico de ocupa��o humana, com consequentes desmatamentos, inc�ndios florestais e press�o de ca�a, j� levaram a uma significativa redu��o na fauna da APA, criada em 2003 para ordenar a ocupa��o e promover a prote��o ambiental.

Estudo da Universidade Federal do Oeste do Par� (Ufopa), de dezembro do ano passado, assinado pelo bi�logo Rodrigo Ferreira Fadini, aponta a extin��o localmente de esp�cies como antas, queixadas, tamandu�s-bandeira e tatus-canastra.

O estudo foi feito a pedido do MPF. Florestas remanescentes e savanas, entretanto, ainda abrigam grande parte da fauna, incluindo mam�feros de grande porte, como on�as-pintadas e pumas.

A reportagem entrou em contato com o Conselho Gestor da APA, mas n�o obteve nenhuma resposta. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)