Os jovens que morreram pisoteados no baile funk em Parais�polis tinham entre 14 e 23 anos e parte deles saiu de outros bairros da cidade ou da Grande S�o Paulo para participar da festa. O fato de n�o conhecerem Parais�polis pode ter dificultado a fuga, segundo moradores.
A v�tima mais jovem � Gustavo Cruz Xavier, de 14 anos, conhecido como "Risadinha. "Ria de tudo, n�o ficava mal. Era muito feliz", conta o tio, o ascensorista Roberto de Oliveira, de 44 anos. Oliveira diz que o adolescente perdeu o pai h� oito anos e os bailes eram sua divers�o. "Ele s� tinha tamanho, era um menino bom."
O operador de telemarketing Bruno Gabriel dos Santos tinha feito 22 anos na sexta. Morador de Mogi das Cruzes, na Grande S�o Paulo, saiu de casa dizendo que ia comemorar com amigos. Na sa�da, pediu para a m�e fechar o port�o "bem fechado" e avisou que n�o dormiria em casa. "Saiu com uma sacolinha na m�o. Tinha acabado de fazer anivers�rio e disse que ia dormir na casa de um amigo, que eles iam comemorar por ali ou comer uma pizza. Nunca nem soube que ele tinha ido nesse baile. Somos de Mogi. O que o Bruno foi fazer nesse lugar?", indagou a irm� adotiva do jovem, a professora Vanini Cristiane Siqueira, de 39 anos.
A not�cia da morte chegou no domingo, por volta da hora do almo�o. "Chegaram quatro amiguinhos perguntando por ele. A�, eles come�aram a chorar e mostraram um v�deo com o meu irm�o ca�do com o corpo para cima, com o rostinho para cima. Parece que n�o deu para ele se defender." Os colegas contaram que houve correria e as pessoas levaram garrafadas.
"Ele foi o �nico que correu para o lado errado. Os outros conseguiram se salvar. Agora, a gente quer justi�a e saber o que realmente aconteceu. Por que eles n�o puderam se defender? Por que foram pegos t�o de surpresa?", indaga. Vanini acredita que o irm�o foi agredido. "Tudo indica que ele foi pego na cabe�a ou foi atingido de frente. Era um menino calmo, quieto, n�o era de responder a ningu�m."
Lazer
Mateus dos Santos Costa, de 23 anos, era de Marac�s, na Bahia, e tinha se mudado para S�o Paulo havia cinco anos em busca de oportunidades. Morava em Carapicu�ba, na Grande S�o Paulo, e trabalhava vendendo produtos de limpeza de porta em porta. A cunhada do jovem, a empregada dom�stica Silvia Ferreira, de 48 anos, diz que ele morava sozinho e n�o era frequentador ass�duo do baile. "Era raro ele vir para c� (Parais�polis). Em Carapicu�ba, n�o tem nada. Aqui, tem tudo. Meu filho tamb�m gosta do DZ7 (baile funk que ocorria no s�bado), � um divertimento", disse ela, na delegacia do bairro.
A fam�lia n�o aprovava a presen�a dos jovens no baile. "A gente cansava de avisar para ele n�o ir para l�. Eu falo para meu filho, mas � maior de idade. Quando a gente fala para eles n�o irem, eles j� foram", diz.
Segundo a cunhada, Costa era um jovem trabalhador. "A a��o da pol�cia foi uma imprud�ncia. N�o tem como entrar desse jeito em um lugar cheio de jovens." Ela tamb�m questionou a morte por pisoteamento. "O atestado de �bito diz agente contundente. O que isso significa? Alguma coisa acertou ele. Isso n�o vai ficar impune." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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GERAL
V�timas de Parais�polis tinham entre 14 e 23 e parte n�o morava na regi�o
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