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Estado de Minas GERAL

Mais de 500 crian�as e adolescentes venezuelanos vieram ao Pa�s sozinhos, diz ONG


postado em 05/12/2019 13:30

Relat�rio divulgado nesta quinta-feira, 5, pela Human Rights Watch com base em informa��es da Defensoria P�blica da Uni�o (DPU) mostra que pelo menos 529 crian�as e adolescentes venezuelanos cruzaram a fronteira com Roraima e chegaram ao Brasil desacompanhados. Ainda de acordo com o relat�rio, quase 90% deles t�m entre 13 e 17 anos e chegaram ao Pa�s entre o come�o de maio e final de novembro deste ano.

Muitos relataram que viajaram sozinhos, de carona, fugindo de situa��es de abuso e extrema pobreza na Venezuela. "� uma realidade dram�tica, pois essas crian�as e adolescentes est�o expostos a todos os tipos de abuso. Muitos na Venezuela sofriam maus-tratos, passavam fome ou trabalhavam em garimpos", afirma C�sar Mu�oz, pesquisador s�nior da Human Rights Watch no Brasil.

De acordo com Mu�oz, muitos desses adolescentes s�o levados para abrigos, mas que j� est�o cheios. O relat�rio aponta que os dois abrigos estaduais existentes em Roraima, para adolescentes de 12 a 17 anos, t�m capacidade para receber apenas 15 meninos e 13 meninas. Uma decis�o judicial de setembro, segundo a Human Rights Watch, j� teria impedido que essas institui��es recebessem mais jovens.

Diante desse cen�rio, muitos adolescentes s�o encaminhados para a Opera��o Acolhida, criada pelo governo federal para dar assist�ncia de emerg�ncia aos migrantes e refugiados venezuelanos em situa��o de maior vulnerabilidade que chegam a Roraima. Mas especialistas afirmam que essa n�o � a solu��o ideal, porque os jovens ficam juntos com outros adultos e fam�lias.

"O grande problema � que, depois que elas cruzam a fronteira, n�o h� um respons�vel legal por elas. Com isso, muitas sequer t�m direitos b�sicos, n�o podem ir para a escola, n�o podem ter acesso a cuidados de sa�de. N�o h� um monitoramento maior por parte das autoridades e algumas acabam indo viver nas ruas", diz o pesquisador.

E esse n�mero de crian�as e adolescentes, de acordo com a entidade, pode at� ser maior pois muitos podem n�o passar pelo posto de fronteira onde defensores p�blicos da Uni�o conduzem as entrevistas. De acordo com Mu�oz, um caminho poss�vel para diminuir o drama desses adolescentes seria contar com o apoio de governos na cria��o de lares tempor�rios, onde eles poderiam viver por um per�odo. Ou tentar a inser��o desses menores em programas de fam�lias acolhedoras - que s�o uma esp�cie de fam�lia adotiva tempor�ria.


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