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Estado de Minas GERAL

Risco de afundamento far� Macei� esvaziar 2,1 mil im�veis


postado em 07/12/2019 08:02

Uma �rea equivalente a 78 campos de futebol (78 hectares) ter� de ser esvaziada em bairros afetados por rachaduras e afundamento desde fevereiro de 2018 em Macei�. � o que aponta um documento elaborado por ag�ncias do Sistema Nacional de Prote��o e Defesa Civil. As fissuras, provocadas pela extra��o de sal-gema na regi�o, v�m se agravando e causam apreens�o entre os moradores.

O plano de remo��o engloba os bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro e mostra que quatro hospitais, tr�s unidades de sa�de, 12 escolas e uma subesta��o de energia que abastece 1/3 da capital alagoana est�o dentro da �rea de risco - alguns equipamentos ter�o de ser realocados e outros, monitorados. Existe ainda risco de alagamento em alguns pontos porque h� �reas pass�veis de colapso na Lagoa Munda�, que tem conex�o com os bairros.

Uma �rea de 242 hectares � atingida pelo problema, que afeta mais de 40 mil pessoas, segundo o documento. E 2.114 im�veis ter�o de ser esvaziados. O cronograma de remo��o n�o foi divulgado. O Minist�rio do Desenvolvimento Regional considera a situa��o um "desastre em andamento". Procurada para detalhar as a��es, a gest�o municipal n�o se manifestou.

As rachaduras mudaram a rotina de moradores - parte j� se mudou e outros assistem ao esvaziamento dos bairros. � o caso do professor Eduardo Jorge Ramos de Ara�jo, de 47 anos, que mora no Pinheiro, bairro de classe m�dia de Macei�, desde os 4 anos de idade. Aos poucos, viu seus amigos de inf�ncia abandonarem os im�veis condenados. Hoje, mora sozinho no quarteir�o em frente a um conjunto de 23 blocos de edif�cios praticamente abandonados por causa do afundamento.

Ele chegou a se cadastrar no aluguel social do governo federal, como fizeram seus amigos, mas desistiu porque o valor oferecido (R$ 1 mil) n�o pagaria nem metade da casa que encontrou. "Teria de achar um im�vel equivalente ao meu, que pudesse acomodar meus animais", diz ele, que tem tr�s c�es e dois gatos. Ara�jo fez dos c�es seus companheiros de andan�as no bairro, que hoje registra mais assaltos e arrombamentos depois que dezenas de moradores deixaram o local. "N�o d� mais para andar sozinho em determinadas horas. Os c�es pelo menos d�o certa seguran�a."

Segundo o minist�rio, at� o momento a Defesa Civil Nacional repassou R$ 35,6 milh�es para a concess�o de aluguel emergencial �s fam�lias. O aposentado Jairon Pinheiro, de 65 anos, saiu da casa onde morava em maio no Pinheiro e est� recebendo o aluguel, mas n�o conseguiu um im�vel com o valor. "Deixei um apartamento e uma casa de primeiro andar. Foi bastante dif�cil alugar um apartamento. O pre�o subiu muito e s� achava por mais de R$ 1 mil. Consegui alugar por R$ 1,3 mil."

Servi�os

Em uma das �reas com recomenda��o para realoca��o por causa de "processos erosivos e patologias estruturais em edifica��es", h� um hospital filantr�pico, que � refer�ncia para hemodi�lise e realiza 10 mil atendimentos por m�s, al�m de cinco escolas estaduais. A Secretaria de Estado da Educa��o informou n�o ter recebido nenhuma nova notifica��o de interdi��o de unidades.

Outra zona, que tem at� �reas alagadas, abriga dois hospitais psiqui�tricos com 298 pacientes e uma creche que atende 221 alunos. Os pr�dios devem ser esvaziados. Uma escola estadual da regi�o j� foi interditada. A subesta��o de energia el�trica do Pinheiro, que abastece 1/3 da cidade, est� na zona de monitoramento. E a linha de trem urbano est� dentro da �rea de risco. Em nota, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que n�o foram observados afundamentos ou altera��es nas Esta��es Bebedouro, Mutange e Bom Parto do Ve�culo Leve sob Trilhos (VLT), que recebem 2 mil por dia.

Apontada por um estudo realizado pelo Servi�o Geol�gico do Brasil (CPRM) como principal respons�vel pelo afundamento registrado nos bairros, a Braskem vai iniciar na segunda-feira uma a��o de cadastro para pagamento de indeniza��es e realoca��o de 1,5 mil pessoas de �reas no entorno de 15 po�os de extra��o de sal-gema. A remo��o de moradores de 400 im�veis e a cria��o de uma zona de resguardo na regi�o haviam sido anunciadas no fim de novembro, pouco depois de a empresa informar � Ag�ncia Nacional de Minera��o o encerramento das atividades de extra��o de sal-gema e fechamento dos po�os.

Segundo a petroqu�mica, ainda n�o � poss�vel estabelecer a rela��o entre o fen�meno e a atividade realizada pela empresa. Na segunda, a Braskem iniciou um estudo com sonar para avaliar o fundo da Lagoa Munda�. Ser�o monitorados 30 pontos. � margem da lagoa, est�o regi�es que integram a zona de alagamento. E h� ainda pontos que podem ter desmoronamento. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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