Nomes importantes do Minist�rio da Educa��o (MEC) deixaram a pasta nos �ltimos dias em uma indica��o de que o ministro Abraham Weintraub deve sair do cargo. Weintraub inicia per�odo de f�rias nesta sexta-feira, 13, emendando com recessos, e muitos acreditam que ele n�o volta em 2020 ao cargo. Segundo fontes, o ministro perdeu o apoio de parte dos integrantes do governo Bolsonaro por causa do seu comportamento pol�mico e da paralisia no MEC.
Nesta quinta-feira, 12, a exonera��o da sua principal assessora, a jornalista Priscila Costa e Silva, foi publicada no Di�rio Oficial da Uni�o. Al�m de ter se tornado muito pr�xima do ministro, ela comandava a �rea de comunica��o. Procurada, Priscila disse que o "tempo no MEC foi de muitos aprendizados e grandes realiza��es" e agradeceu o ministro "por ter sido um chefe maravilhoso, que sempre me deu autonomia e acreditou no meu trabalho".
Weintraub � malvisto tanto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, quanto pelo secret�rio-geral da Presid�ncia, Jorge Antonio de Oliveira Francisco, que avaliam que suas pol�micas s�o desnecess�rias e prejudicam o governo. Na Economia, reclama-se ainda do fato de ele pensar em projetos e n�o informar a �rea econ�mica, como o Future-se, que previa fundos para universidades. Ele tamb�m � visto com ressalvas entre os militares.
Congressistas t�m pedido a demiss�o. "Est� insustent�vel. N�o tem preparo t�cnico, faz gest�o ideol�gica e est� h� meses s� fazendo diagn�stico de que tudo � ruim", disse o deputado federal e ex-secret�rio de Educa��o do Cear�, Idilvan Alencar (PDT), que pediu ao ministro ma quarta-feira na C�mara que aproveite o Natal e n�o volte ao cargo. Na quinta, ap�s a publica��o da reportagem pelo estadao.com.br, Weintraub disse no Twitter que "diante dos resultados positivos (...), esquerda e monopolistas entram em desespero". Ainda criticou a imprensa ao comentar que "a m�dia podre espalha mentiras". "O ladrar dos c�es � a prova de que estou no caminho certo."
Esvaziamento
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), um dos �rg�os mais importantes do MEC, Alexandre Lopes, tamb�m n�o est� mais dando expediente desde a semana passada. Ele est� sendo substitu�do em eventos e coletivas por Camilo Mussi, diretor do �rg�o. Lopes, que assumiu o cargo em maio, depois de dois presidentes demitidos, est� em f�rias entre 10 e 27 de dezembro.
Na semana passada, dois coordenadores da �rea de Alfabetiza��o, Renan Sargiani e Josiane Toledo Silva, tamb�m deixaram o MEC. De perfil t�cnico, ele teve dificuldades em implementar projetos por disputas internas com alas mais burocr�ticas e ideol�gicas. Sargiani foi o respons�vel pela Pol�tica Nacional de Alfabetiza��o, que at� hoje n�o saiu do papel.
Outro que deve deixar a pasta � o presidente da Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (Capes), Anderson Correa. Ele se candidatou ao processo seletivo para reitor do Instituto Tecnol�gico de Aeron�utica (ITA) e foi o escolhido. A comunica��o oficial ser� feita em janeiro.
A conhecidos, Weintraub tem dito que sua fam�lia � amea�ada e mulher e filhos v�o se mudar para o Canad�. Atualmente, h� dois oficiais armados dentro do gabinete. Ele � conhecido entre reitores como "o ministro da Educa��o que n�o gosta de educa��o". At� o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, tem procurado nomes para substitu�-lo. Mas tamb�m negou nesta quinta, pelas redes sociais, que tenha "descontentamento com o MEC". Pela afinidade ideol�gica com o presidente, h� possibilidade de que Weintraub continue no governo, em outro �rg�o. O ministro tamb�m pensa em se candidatar nas pr�ximas elei��es. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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