O Minist�rio da Educa��o (MEC) informou ontem que n�o renovar� o contrato com a Associa��o de Comunica��o Educativa Roquette Pinto (Acerp), respons�vel por gerir a TV Escola. O contrato se encerra no fim deste ano e o ministro Abraham Weintraub ordenou que funcion�rios da emissora deixassem o pr�dio do minist�rio. Um caminh�o de mudan�a estacionou ontem na frente do MEC para levar os pertences da equipe.
Questionado se encerrar� as atividades da TV Escola, o Minist�rio da Educa��o afirmou que "estuda a possibilidade de as atividades do canal serem exercidas por outra institui��o da administra��o p�blica", sem indicar qual. No ano passado, o contrato com a Roquete Pinto foi de R$ 73 milh�es, mas sofreu redu��o neste ano.
O canal foi criado em 1995 e � transmitido em rede aberta em algumas cidades do Pa�s. A TV chegou a fazer parte do MEC, mas desde 2015 mant�m apenas contrato de gest�o com a pasta para produ��o de conte�do e gest�o operacional.
No in�cio desta semana, virou alvo de pol�mica ao anunciar em sua programa��o a s�rie Brasil: A �ltima Cruzada, lan�ada pela produtora Brasil Paralelo. No epis�dio inicial, a s�rie tem a participa��o do escritor Olavo de Carvalho, guru da ala ideol�gica do governo Jair Bolsonaro, que conseguiu indicar muitos nomes para o MEC no in�cio da gest�o.
A s�rie da Brasil Paralelo faz releituras sobre a ditadura militar e outros per�odos hist�ricos do Brasil sob vi�s conservador. A inclus�o desse material na grade da TV Escola causou a rea��o de historiadores, mas foi comemorada nas redes sociais. "Temos uma lind�ssima hist�ria e ela h� de ser recuperada. Agora: Brasil Paralelo na TV Escola", comentou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na segunda-feira.
Expuls�o
Em nota, a Roquete Pinto afirmou que Weintraub "expulsou" a TV Escola do pr�dio do MEC. Segundo a associa��o, a ordem do ministro era para que a desocupa��o ocorresse at� 29 de novembro, mas, com dificuldade de encontrar um novo espa�o para acomodar a equipe da TV, pediu, na Justi�a, a prorroga��o do prazo.
Uma liminar que garantia a perman�ncia da equipe na sede do minist�rio foi cassada nesta quinta-feira.
"A dire��o da Roquette Pinto Comunica��o Educativa, que faz a gest�o da TV Escola, tentou in�meros contatos com assessores do minist�rio e com o pr�prio ministro, no sentido de solicitar uma prorroga��o do prazo para a desocupa��o, a fim de poder achar um local adequado. N�o recebeu nenhuma resposta", afirmou a Roquete Pinto na nota. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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