A Pol�cia Civil de S�o Paulo abriu inqu�rito para apurar a suposta oculta��o de cad�veres em um terreno na Rua Ab�lio Soares, no Para�so (zona Sul de S�o Paulo), pr�ximo da antiga sede do Destacamento de Opera��es de Informa��es (DOI), �rg�o respons�vel pela repress�o pol�tica durante a ditadura militar.
A decis�o de abrir o inqu�rito sobre o caso foi tomada pela delegacia Seccional de Diadema. Policiais receberam uma den�ncia an�nima sobre ossadas encontradas na obra de uma construtora, que est� erguendo uma pr�dio residencial no terreno. De acordo com o documento da pol�cia, 'durante escava��es efetuadas naquele s�tio teriam sido localizados pelos funcion�rios as ossadas' que 'apresentavam orif�cios caracter�sticos de danos causados por objeto perfurocontundente (bala), bem como revestidos de p� branco aparentando ser cal'.
De acordo com o documento da pol�cia, funcion�rios da construtora, apesar de, em tese se tratar de material humano, n�o fizeram nenhuma comunica��o oficial. Depois de recolherem o material, eles teriam despejado tudo em um terreno em Carapicu�ba. Investigadores foram ao lugar e encontraram duas testemunhas que confirmaram o achado dos ossos. Um deles afirmou que os ossos seriam de animais e outro, que eram ossos humanos.
O Estado de S. Paulo ouviu um integrante da c�pula da Pol�cia Civil, que informou que a hip�teses de que os ossos sejam humanos est� sendo investigada. Tamb�m se apura se eles t�m rela��o com a o antigo DOI - outra hip�tese � de sejam ainda mais antigos, da �poca do Brasil Col�nia. O departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP) foi acionado para apurar o caso.
Um grupo de entidades que participa do grupo de Trabalho Interinstitucional DOI-Codi, que busca a cria��o de um museu de direitos humanos na �rea, divulgou nota afirmando acompanhar os desdobramentos do caso. O DOI funcionou de 1969 a 1982 no terreno entre as ruas Tom�s Carvalhal e Tut�ia, no Para�so. Cerca de 5 mil pessoas foram presos pelo �rg�o. Ao todo, 79 pessoas morreram em a��es do �rg�o, 28 das quais permanecem desaparecidas.
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