O advogado da vi�va da vereadora Marielle Franco, Jo�o Tancredo, disse ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real do Grupo Estado, que M�nica Ben�cio � contra a federaliza��o das investiga��es da morte da esposa por temer atraso no processo, que poderia voltar � estaca zero. Segundo ele, a Pol�cia Civil do Rio est� fazendo um bom trabalho e a Pol�cia Federal deveria trabalhar junto, para um resultado mais eficaz.
"Seria um grande atraso (a federaliza��o), a PF n�o tem expertise para essa investiga��o. � lament�vel o ministro (S�rgio Moro) ter tomado essa decis�o apenas seis meses ap�s nossos requerimentos", avaliou Tancredo.
Ele explicou que s� h� dois motivos para se pedir a federaliza��o do caso. Um seria o envolvimento da fam�lia Bolsonaro no crime, e outro seria a repercuss�o do assassinato na sociedade, sendo que esta �ltima situa��o n�o ocorre desde a execu��o da religiosa Dorothy Stang, assassinada em 2005 na Amaz�nia.
"O pedido de federaliza��o s� pode ser justificado se tiver alguma suspeita de envolvimento da fam�lia Bolsonaro, por causa de todas as liga��es que t�m at� agora. A outra hip�tese � se a investiga��o � de interesse p�blico", explicou.
Para ele, a tend�ncia � de que a investiga��o seja federalizada, mas a decis�o final s� deve ocorrer em fevereiro, devido ao recesso do Superior Tribunal de Justi�a. Hoje, o STJ anunciou que tanto a fam�lia de Marielle como a AGU e o MPRJ t�m 10 dias para opinar sobre a federaliza��o da investiga��o.
O prazo come�a a contar a partir de 10 de janeiro, segundo Tancredo, quando a Justi�a volta a funcionar. "E como o STJ s� volta em fevereiro, vai atrasando a decis�o", observou.
O advogado disse tamb�m que, no in�cio das investiga��es, o desejo era de federalizar a quest�o, pela inefic�cia da Pol�cia Civil, mas agora que o processo est� andando, a mudan�a poderia adiar ainda mais a solu��o do caso. Ele elogiou, por�m, a decis�o da ministra Laurita Vaz, do STJ, de ouvir os envolvidos.
"Isso vai atrasar a decis�o mas, por outro lado, � louv�vel querer ouvir as pessoas envolvidas, j� que se trata de um crime de interesse da sociedade", observou.
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