O centro expandido de S�o Paulo � como um museu a c�u aberto de casas, edif�cios, f�bricas e outros bens marcantes para a cidade - mesmo que, por vezes, n�o conservados. Al�m de discutir incentivos para propriet�rios de bens tombados, o novo plano urban�stico da Prefeitura para a regi�o prev� a recupera��o de dois marcos do per�odo industrial: a garagem de bondes da Light e a centen�ria f�brica Orion, ambos no Br�s.
Datados do in�cio do s�culo 20, eles est�o hoje subutilizados, com ao menos parte da estrutura fechada. A ideia do plano municipal � restaurar os dois im�veis e transform�-los em equipamento p�blico para atender o aumento populacional previsto para a regi�o. Uma das possibilidades de uso em estudo � integrar a antiga garagem ao sistema de VLT ou BRT previsto para o centro.
A proposta, parte do Projeto de Interven��o Urbana (PIU) Setor Central, est� em fase de audi�ncia e consulta p�blicas e precisa ser aprovada pelos vereadores. O plano deve ser enviado em formato de projeto de lei para a C�mara em mar�o.
Como a antiga f�brica � de um propriet�rio particular, o plano prev� tamb�m a aquisi��o pela Prefeitura. "Vamos fazer a desapropria��o no momento certo, quando tiver recursos. Um decreto de desapropria��o tem validade de dois anos", afirma o secret�rio municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando Chucre.
Hist�ria
Na Avenida Celso Garcia, a garagem � tombada nas esferas municipal e estadual e considerada �ltimo remanescente da rede de apoio � opera��o dos bondes.
Foi erguida h� mais de cem anos, atendendo aos servi�os da The S�o Paulo Tramway, Light and Power Company Limited - a Light -, que sucedeu a rede de bondes por tra��o animal. Hoje � de responsabilidade da SPTrans.
J� a centen�ria f�brica da Orion fica na Rua Behring e tem a preserva��o das caracter�sticas externas prevista em �mbito municipal. Localizado em um grande lote de esquina, o im�vel tem quatro pavimentos e mant�m dois grandes letreiros com o nome da empresa, especializada principalmente na produ��o de borracha.
Desde a constru��o da antiga hospedaria (hoje Museu da Imigra��o), em 1886, a trajet�ria do Br�s est� ligada ao desenvolvimento industrial de S�o Paulo. A regi�o se tornou, nas d�cadas seguintes, um dos caminhos para a escoamento de produtos para o Rio ou o Porto de Santos.
"O bairro mudou, tomou caracter�sticas industriais. A chamin� se tornou presente no bairro como um todo", diz Ewerton de Moraes, pesquisador de patrim�nio industrial e doutorando da Universidade Federal do ABC. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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