O Minist�rio da Sa�de confirmou, na noite desta segunda-feira, 20, um caso de febre hemorr�gica brasileira causada por um novo v�rus. � a primeira vez em 20 anos que a doen�a � registrada no Pa�s. O paciente, morador de Sorocaba, no interior de S�o Paulo, morreu por complica��es da doen�a no dia 11 de janeiro.
De acordo com boletim epidemiol�gico divulgado pela pasta, no caso de Sorocaba foi identificado um novo v�rus da fam�lia Arenav�rus, do g�nero Mammarenavirus, o v�rus Sabi�.
A confirma��o do caso est� sendo considerada um "evento de sa�de p�blica grave" pelo minist�rio por causa da raridade e alta letalidade da doen�a. Antes desse registro, s� haviam sido relatados quatro casos de febre hemorr�gica viral no Brasil, o �ltimo em 1999.
"Considerando a fam�lia, este v�rus pode apresentar alta patogenicidade e letalidade. Este fator representa um risco significativo para a sa�de p�blica, ainda que nenhum caso secund�rio tenha sido identificado at� este momento da investiga��o", destacou o �rg�o, no boletim.
Seguindo protocolos internacionais, o minist�rio j� comunicou o fato � Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) e � Organiza��o Pan-americana de Sa�de (OPAS), mas destacou que ainda n�o h� necessidade de apoio externo de organismos internacionais.
Hist�rico
De acordo com o minist�rio, o paciente come�ou a manifestar os sintomas no dia 30 de dezembro de 2019, com quadro de dor ao engolir e no abd�men, n�useas, vertigem e dores musculares. Os sintomas evolu�ram para um quadro mais grave, que incluiu febre alta, press�o baixa, confus�o mental e hemorragia.
Entre o in�cio dos sintomas e o �bito, o paciente foi atendido por pelo menos tr�s estabelecimentos de sa�de entre os munic�pios de Eldorado, Pariquera-A�u e S�o Paulo, sendo o �ltimo o Hospital das Cl�nicas da Universidade de S�o Paulo (HC-USP).
Todas as pessoas que tiveram contato mais pr�ximo com o paciente ou suas secre��es dever�o ser monitorados por 21 dias, segundo recomenda��o do minist�rio, incluindo parentes e os profissionais de sa�de que participaram dos atendimentos.
As autoridades sanit�rias ainda n�o sabem como a v�tima se infectou. A doen�a � transmitida principalmente por meio da inala��o de part�culas formadas a partir de urina, fezes e saliva de roedores infectados, os principais reposit�rios do v�rus.
A transmiss�o de pessoa a pessoa pode ocorrer quando h� contato muito pr�ximo e prolongado ou em ambientes hospitalares, quando n�o utilizados equipamentos de prote��o, por meio de contato com sangue, urina, fezes, saliva, v�mito, s�men e outras secre��es, segundo o minist�rio.
Antes do in�cio dos sintomas, o paciente esteve nas cidades de Itapeva e Itaporanga, ambas no interior de S�o Paulo e que est�o sendo tratadas como poss�veis locais de infec��o. A v�tima n�o tinha hist�rico de viagem internacional.
O minist�rio informou que realizou, nesta segunda-feira, reuni�o com representantes de todas as partes envolvidas no caso: Secretaria da Sa�de de S�o Paulo, Hospital das Cl�nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo, Hospital Israelita Albert Einstein e os Conselhos Nacional e Estaduais de Sa�de (Conass e Conasems).
"O objetivo da reuni�o foi verificar o atual cen�rio e as a��es de busca e monitoramento das pessoas que tiveram contato direto com o paciente", destacou a pasta, que tamb�m ofereceu apoio � Secretaria de Sa�de de S�o Paulo, com o envio de equipe de t�cnicos, para realizar a busca ativa de pessoas que tiveram contato com o paciente e para a investiga��o ambiental.
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