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Estado de Minas GERAL

Caso de febre hemorr�gica brasileira p�e em alerta 5 cidades do interior de SP


postado em 21/01/2020 13:25

O morador de Sorocaba (SP) que morreu no �ltimo dia 11 no Hospital das Cl�nicas, na capital paulista, com o primeiro caso recente de febre hemorr�gica brasileira, passou por cinco cidades do interior de S�o Paulo, no per�odo em que teria se infectado. Al�m de Sorocaba, onde mora, o homem de 52 anos esteve em Itapeva e Itaporanga, no sudoeste paulista, e em Eldorado e Pariquera-A�u, no Vale do Ribeira. A mulher da v�tima e uma irm� do homem est�o sob monitoramento.

"Orientamos as duas para que fiquem isoladas, em quarentena, pelo menos at� o dia o dia 3 de fevereiro, quando vence o per�odo m�ximo de poss�vel transmiss�o. Tamb�m pedimos que evitem compartilhar copos, talheres, roupas e objetos de uso pessoal com outras pessoas", afirmou a m�dica infectologista Priscilla Helena dos Santos, coordenadora da Vigil�ncia Epidemiol�gica de Sorocaba.

De acordo com o secret�rio de Sa�de de Sorocaba, Ademir Watanabe, � pouco prov�vel que o homem tenha adquirido o v�rus na cidade onde morava. Segundo ele, os locais mais prov�veis de contamina��o s�o �reas rurais de Itapeva e Itaporanga, onde o paciente esteve. "Existe o relato de que em uma dessas localidades h� um paiol com a presen�a de roedores, ratos do campo, que s�o os transmissores da doen�a. Na casa em que ele morava com a companheira, em Sorocaba, n�o existe a presen�a de ratos silvestres, que s�o o reservat�rio natural do arenav�rus."

Mesmo assim, segundo ele, todas as pessoas que tiveram contato com o paciente est�o sendo monitoradas. A Vigil�ncia Epidemiol�gica Estadual j� orientou as medidas de bloqueio nas cidades visitadas pelo paciente.

Conforme o secret�rio, os deslocamentos do paciente foram reconstitu�dos para a ado��o das medidas de bloqueio. No per�odo de 1 a 5 de dezembro, ele permaneceu em Sorocaba, em sua casa na Vila Carvalho, viajando em seguida para Eldorado, no Vale do Ribeira, onde tem parentes. No dia 15, retornou para Sorocaba e, no dia 21, viajou para Itapeva, no sudoeste paulista. No dia seguinte, o homem se deslocou para Itaporanga, cidade da mesma regi�o, permanecendo at� o dia 26, quando retornou para Sorocaba.

No dia 29, um dia antes de apresentar os sintomas, ele viajou novamente para Eldorado, onde procurou uma unidade de sa�de j� com os sintomas iniciais da doen�a. O quadro inicial, de dor no abd�men, n�useas e dores musculares, evoluiu para febre alta, queda de press�o, confus�o mental e hemorragia. O paciente foi transferido para o Hospital Regional de Pariquera-A�u e, em seguida, para o Hospital das Cl�nicas de S�o Paulo.

De acordo com o secret�rio, a pasta municipal foi notificada no dia 7 de janeiro pelo Hospital das Cl�nicas da capital e iniciou as investiga��es epidemiol�gicas. "Havia suspeita inicial de febre amarela, por ele ter viajado para o Vale do Ribeira, mas os sintomas eram diferentes e ele havia sido vacinado contra essa doen�a. Como havia ratos urbanos na regi�o em que mora, n�s passamos a investigar tamb�m a leptospirose. O fato � que, em nenhum momento, esse paciente foi atendido em Sorocaba, o que reduz o risco de contamina��o aqui", disse.

Sintomas

Segundo Priscilla Helena dos Santos, a popula��o do entorno da resid�ncia do paciente foi alertada para ficar atenta aos sintomas da doen�a. Os sintomas iniciais s�o: febre, dor de cabe�a, dor abdominal forte, sonol�ncia, prostra��o, queda de press�o, tontura e confus�o mental. Em seguida, � constatado o comprometimento hep�tico (icter�cia) e sinais de hemorragia. A rede municipal foi colocada em alerta para avaliar a possibilidade de contamina��o pelo arenav�rus em caso de sintomas parecidos.

A m�dica alerta para a necessidade de procurar uma unidade de sa�de t�o logo os primeiros sintomas se manifestem. "Eles s�o parecidos, inicialmente, com os sintomas da dengue, da febre amarela e de outras doen�as graves, como a leptospirose. Todas s�o doen�as importantes, ent�o n�o h� que ter hesita��o: deve-se procurar atendimento m�dico imediato", disse.

Embora a doen�a ainda seja pouco pesquisada, sabe-se que o arenav�rus � transmitido pelas fezes e excre��es do rato silvestre, que vive em matas, mas infesta paiois, lavouras de gr�os e dep�sitos de cereais. A doen�a difere da leptospirose, pois esta � transmitida pelas fezes e urina de rato dom�stico - ratazana, rato de telhado e camundongo - e � causada por uma bact�ria.

No Brasil, h� hist�rico de quatro casos humanos de febre hemorr�gica brasileira causada pelo mesmo v�rus, o �ltimo deles detectado em 1999, em um paciente de 32 anos, residente em Esp�rito Santo do Pinhal, no interior paulista. O homem, morador da zona rural e operador de m�quinas de caf�, ficou internado sete dias e acabou morrendo.


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