Suzane von Richtofen � aprovada no Sisu e pode estudar Turismo

A detenta Suzane von Richtofen, condenada a 39 anos de pris�o pelo assassinato dos pais, foi classificada em oitavo lugar no Sistema de Sele��o Unificada (Sisu) para o curso de Gest�o em Turismo do Instituto Federal de Ci�ncia, Tecnologia e Educa��o de S�o Paulo, unidade de Campos do Jord�o, no Vale do Para�ba, interior paulista. Suzane cumpre pena em regime semiaberto na Penitenci�ria Feminina de Trememb�, na mesma regi�o. Ela concorreu a uma vaga no curso noturno e somou 608,42 pontos, 24 a menos que a candidata com a melhor pontua��o. No total, 36 estudantes foram classificados. A escola � p�blica, vinculada ao Minist�rio da Educa��o.

A presa usou a nota do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem) para obter a classifica��o. A dire��o do Instituto informou que o curso � presencial e as aulas acontecem entre 19 horas e 22h40. Suzane tem at� o dia 4 de fevereiro para fazer a matr�cula - as aulas come�am no dia 5. A legisla��o brasileira prev� que os presos em regime semiaberto podem trabalhar e estudar fora da pris�o. No caso do estudo, o retorno deve-se dar logo ap�s o per�odo de aulas.

Em 2016, quando a presa j� estava no semiaberto, a justi�a autorizou a jovem a frequentar o curso de Administra��o em universidade particular de Taubat�. Com medo do ass�dio, ela acabou desistindo. Em 2017, Suzane foi pr�-selecionada para obter recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e fazer o curso em outra faculdade de Taubat�, mas n�o concluiu a matr�cula. Trabalho e estudo fazem parte do processo de ressocializa��o do preso e tamb�m contam para a remi��o (desconto de dias) na pena.

Suzane foi condenada pela participa��o no assassinato dos pais, o casal de empres�rios Manfred e Mar�sia von Richthofen, em outubro de 2002, em S�o Paulo. Desde que passou do regime fechado para o semiaberto, em 2015, a detenta � beneficiada com as sa�das tempor�rias da pris�o. Nos �ltimos dois anos, a defesa da jovem vem tentando sua progress�o ao regime aberto, para cumprir o restante da pena fora da pris�o. Suzane foi submetida a testes e, em 2018, a justi�a negou o pedido. Um novo pleito est� sendo analisado.

A Defensoria P�blica de Taubat� informou que n�o se manifesta sobre o caso por estar em segredo de justi�a. Procurado, o promotor do caso, Paulo Jos� da Palma, do Minist�rio P�blico de Taubat�, n�o havia dado retorno at� o encerramento da reportagem. A Secretaria da Administra��o Penitenci�ria (SAP) informou que a autoriza��o para Suzane frequentar a universidade depende da Justi�a, que poder� definir uso ou n�o de monitoramento. Caso seja autorizada, o transporte deve acontecer por meio de recursos pr�prios da sentenciada. Procurada, a Vara de Execu��es Criminais de Taubat� n�o se manifestou.