Corpo de Capit�o Adriano est� em na Bahia e fam�lia tenta lev�-lo para o Rio

A fam�lia e a defesa de Adriano Magalh�es da N�brega, morto neste domingo em Esplanada, na Bahia, tentam trazer o corpo dele para o Rio ainda nesta segunda-feira, 10. O corpo est�, neste momento, em Alagoinhas, munic�pio que fica a cerca de 70 quil�metros daquele em que o miliciano foi morto.

Apontado pelos investigadores do Rio como chefe do grupo Escrit�rio do Crime, Capit�o Adriano, como era conhecido, � ligado ao senador Fl�vio Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro. Ele tamb�m � citado na investiga��o da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ).

Apesar de ter sido encontrado no s�tio de um vereador do PSL, Gilsinho da Ded�, o miliciano - foragido desde janeiro de 2019 - estava escondido em outra fazenda, que pertence a Leandro Guimar�es. Organizador de vaquejadas no munic�pio, ele foi preso pela pol�cia na opera��o, por causa do porte de armas. Nas redes sociais, Guimar�es publica com frequ�ncia imagens de torneios de vaquejada e demonstra ser influente naquela regi�o baiana.

Pouco se sabe, at� agora, sobre o momento da morte de Adriano. Segundo as autoridades da Bahia, houve troca de tiros entre ele e os agentes que participaram da opera��o. Na �ltima semana, contudo, o miliciano e sua fam�lia relataram ao advogado dele, Paulo Emilio Catta Preta, que temiam uma "queima de arquivo": o ex-capit�o do Bope tinha certeza de que queriam mat�-lo, n�o prend�-lo, conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo.

A investiga��o que tem Adriano como foco principal � a do Minist�rio P�blico do Rio sobre o Escrit�rio do Crime, grupo do qual ele seria o l�der. Com atua��o na zona oeste da cidade, em locais como Rio das Pedras e Muzema, essa mil�cia � citada no Caso Marielle. Adriano, por�m, n�o � diretamente ligado � investiga��o da morte da vereadora.

A liga��o do ex-capit�o � mais direta em outro caso de enorme repercuss�o tocado pelo MP fluminense: o da suposta "rachadinha" no gabinete do ent�o deputado estadual Fl�vio Bolsonaro.

Segundo os documentos produzidos pelos investigadores, Adriano se beneficiaria do dinheiro supostamente desviado do gabinete na Assembleia Legislativa (Alerj). Ele assume isso em mensagem enviada para a ex-mulher, Danielle Mendon�a da Costa - que, assim como a m�e do miliciano, era lotada no escrit�rio do filho do presidente da Rep�blica.

"Tamb�m contava com o que vinha do seu", escreveu ele para Danielle, quando a ex-esposa reclamou de ter sido exonerada da Alerj.