Para evitar que as pessoas recolhessem os alimentos descartados, a Companhia de Entrepostos e Armaz�ns Gerais de S�o Paulo (Ceagesp) empregou um efetivo de 24 fiscais e 90 seguran�as para acompanhar o trabalho das equipes de limpeza. O temporal recorde que atingiu a capital e regi�o metropolitana de S�o Paulo na segunda-feira, 10, causou alagamento na Ceagesp, na zona oeste, o que fez permission�rios descartarem 7 mil toneladas de produtos. O preju�zo foi estimado em R$ 24 milh�es.
"Os funcion�rios e a diretoria trabalharam de corpo e alma para colocar de volta em tempo recorde e com seguran�a alimentar. A companhia acionou as empresas que prestam servi�o de lixo, limpeza e seguran�a, que foram muito parceiras para que a situa��o se restabelecesse. Infelizmente, tivemos uma perda muito grande. Todos os alimentos que foram contaminados foram descartados", diz Christopher Aguiar, gerente do departamento jur�dico da Ceagesp.
A Ceagesp voltou ao hor�rio normal de funcionamento na madrugada desta quinta-feira, 13, com 80% dos produtos dispon�veis e instala��es higienizadas. O setor de frutas foi o mais atingido pela enchente e mais de 400 pessoas atuaram na higieniza��o do entreposto.
A Companhia informou que 40 caminh�es e cinco tratores foram utilizados na for�a-tarefa para limpeza do local e 150 caminh�es-guincho fizeram a retirada dos caminh�es quebrados que estavam na unidade. Ainda n�o h� informa��es sobre a possibilidade de varia��o de pre�o dos produtos, mas a Ceagesp informou que est� fazendo a coleta de dados para poder se posicionar sobre o assunto.
Na ter�a-feira, 11, o jornal O Estado de S. Paulo esteve no local e presenciou o trabalho de higieniza��o dos boxes e descarte de alimentos. As manchas de lama do ch�o e das paredes eram removidas por dezenas de funcion�rios, que tamb�m retiravam equipamentos atingidos, como empilhadeiras. Do lado de fora, milhares de caixas de frutas eram jogadas fora.
Segundo Christopher Aguiar, nesta quarta-feira, 12, a partir das 14 horas, os port�es foram abertos para a entrega dos caminh�es que fizeram o abastecimento do entreposto com os novos produtos. "Nessas 48 horas, tivemos de tirar tudo que estava inseguro. Os caminh�es j� abasteceram (o entreposto) e mais de 80% dos produtos j� se regularizaram. Tudo vai estar normalizado em mais um ou dois dias."
A Ceagesp distribui alimentos para 1.500 munic�pios, incluindo a capital, e recebe produtos de 18 pa�ses. Porta-voz do Sindicato do Com�rcio Atacadista de Hortifrutigranjeiros e de Pescados (Sincomat), Paulo Murat, diz que a reabertura ocorreu com tranquilidade e expressiva participa��o dos consumidores.
"Foi tudo bem. Estava tudo limpo e teve muito movimento, principalmente dos caminh�es com os produtos. Foram muitos compradores, muita gente de supermercados e varej�es. A feira de peixes e de flores, que ocorre de madrugada, funcionou normalmente."
Ele afirma que um pequeno grupo de comerciantes queria ter voltado a trabalhar antes, mas a administra��o do entreposto n�o permitiu. "Foi uma decis�o acertada. Enquanto n�o estivesse limpo, n�o seria poss�vel comercializar nada. S� poderia reabrir sem nenhum perigo de contamina��o", explicou Murat, que tamb�m � porta-voz do Sindicato do Com�rcio Atacadista de Flores e Plantas do Estado de S�o Paulo (Sincomflores).
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