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Estado de Minas GERAL

Ind�gena de 100 anos oficializa matrim�nio em casamento coletivo da Amaz�nia


postado em 13/02/2020 21:27

Os ind�genas Nicanor Tamaia, de 100 anos, e Maria Coelho, de 58, da etnia Tikuna, formam um dos 303 casais que formalizaram o matrim�nio nesta semana, durante a primeira cerim�nia do casamento coletivo ind�gena que ocorreu em Benjamin Constant. At� esta quinta-feira, 13, cerca de 806 uni�es foram celebradas em quatro cerim�nias organizadas pela Defensoria P�blica do Estado, em parceria com a Funda��o Nacional do �ndio (Funai), a Corregedoria Geral do Tribunal de Justi�a do Amazonas, a Prefeitura de Benjamin Constant e o Governo do Estado.

Benjamin Constant concentra 35 comunidades que abrigam 16 mil ind�genas entre Tikunas e Kokamas, segundo a Funai. Todas as comunidades do munic�pio possuem moradores que participaram do casamento coletivo.

Nicanor e Maria est�o juntos h� 38 anos e s�o moradores da comunidade Filad�lfia, palco da cerim�nia que abriu o casamento coletivo no munic�pio a 1.118 km de Manaus.

Ao longo da rela��o, o casal tentou realizar o casamento civil, mas sem �xito. "A mo�a que trabalhava l� no cart�rio disse que n�o podia porque meu marido era muito velho", disse a noiva, antes da cerim�nia na ter�a-feira, 11.

Ainda durante a coleta de documentos para o casamento coletivo, em 2019, a equipe da Defensoria P�blica explicou ao casal que, apesar do que foi dito a eles, era poss�vel sim que eles se casassem.

"O C�digo Civil prev� que os casamentos para pessoas acima dos 70 anos de idade ocorram com regime de separa��o de bens. Na visita � comunidade, informamos isso ao casal, que ficou muito empolgado com a possibilidade de se casar", contou a defensora p�blica Juliana Lopes.

Na cerim�nia, al�m de formalizar o pr�prio matrim�nio, Maria e Nicanor tamb�m puderam ver dois netos e uma neta seguirem a mesma trilha. "Muito feliz", resumiu Maria.

Casamentos continuam

De forma gratuita e com celebra��es que respeitam as tradi��es ind�genas, os casais foram divididos para quatro cerim�nias, que aconteceram nas comunidades Filad�lfia, Feijoal, Guanabara 3 e S�o Leopoldo.

"Isso mostra que d� para fazer muita coisa pela popula��o do nosso Estado se todos n�s nos unirmos. Os ind�genas querem oficializar uni�es feitas quando eles ainda eram crian�as, dentro da tradi��o, querem que isso seja uma seguran�a para o caso de uma morte, acesso � benef�cios e o mais importante: eles querem acessar educa��o e sa�de especializada pra eles", afirmou o defensor-geral do Amazonas, Rafael Barbosa.

"A formaliza��o do casamento d� a eles uma aproxima��o a esses benef�cios e direitos almejados. O casamento � um passo coordenado dos ind�genas para buscar coisas maiores. O casamento foi uma forma de dizer que eles est�o aqui e v�o exigir seus direitos", assinalou o defensor-geral.


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