F�ssil revela tartaruguinha que viveu entre dinossauros no interior de S�o Paulo

Uma tartaruguinha de 15 cent�metros de comprimento viveu entre ferozes crocodilos e dinossauros gigantes h� 85 milh�es de anos, no interior de S�o Paulo. O pequeno r�ptil acaba de ser revelado pelo estudo de um peda�o de cr�nio fossilizado com cerca de 2 cent�metros, encontrado em 2014 em Ibir�, na regi�o de S�o Jos� do Rio Preto.

Paleont�logos brasileiros, com apoio de uma colega su��a, utilizaram tecnologias como a tomografia computadorizada e a impress�o em 3D para reconstruir as estruturas da anatomia do r�ptil e chegar � defini��o de que se trata de uma nova esp�cie. O estudo, que lan�a luzes sobre o Per�odo Cret�ceo no Brasil, foi publicado anteontem na revista Papers and Palaeontology, da Associa��o Internacional de Paleont�logos.

A esp�cie foi batizada de Amabilis uchoensis, como conta o paleont�logo Fabiano Iori, que encontrou o f�ssil. "Era uma tartaruga pequena que tinha de dar seus pulos para sobreviver nos rios cret�ceos entre crocodilos e dinossauros. O termo 'amabilis', que significa ador�vel em latim, � uma refer�ncia ao pequeno tamanho do animal. J� 'uchoensis' � uma homenagem ao munic�pio de Uchoa (regi�o de Rio Preto) por sua relev�ncia na paleontologia regional."

O estudo do pequeno f�ssil foi desenvolvido pelos pesquisadores Guilherme Hermanson, Gabriel Ferreira e Max Langer, da Universidade de S�o Paulo (USP), no c�mpus de Ribeir�o Preto; Serjoscha Evers, da Universidade de Friburgo, na Su��a; al�m de Iori, respons�vel pelo Museu de Paleontologia de Uchoa. Especialista em f�sseis de testud�neos (r�pteis com carapa�a), Ferreira explica que tartarugas, c�gados e jabutis usam como recurso de prote��o o h�bito de esconder cabe�a e pesco�o sob o casco.

Uma estimativa feita pela pesquisadora Bruna Farina no laborat�rio da USP chegou a um casco com 12 cent�metros de comprimento, mais 3 de cabe�a, similar a algumas esp�cies atuais. O estudo preenche uma lacuna na literatura em rela��o � anatomia dos pleur�diros. "Nosso trabalho tamb�m � importante para inspirar novos estudos", disse Hermanson. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.