O Conselho Permanente de Justi�a para o Ex�rcito da 4.� Auditoria da 1.� Circunscri��o Judici�ria Militar inocentou o cabo Diego Neitzke, que deixou um civil parapl�gico ap�s acert�-lo com seis tiros durante patrulha no Complexo da Mar�, no Rio, na madrugada de 13 de fevereiro de 2015. Prevaleceu a tese da "leg�tima defesa putativa" ou, como chamou o promotor Ot�vio Brava, "imagin�ria".
A Promotoria Militar pediu a absolvi��o de Diego, posi��o seguida pelos cinco jurados. O julgamento foi un�nime.
Participaram do julgamento o major Gilberto Luis Wottrich, a capit�o Danielle Souza Bonif�cio, o capit�o Fernando Anderson Marangoni, a capit�o Luciana Fernandes Suliano e o major Ricardo Alexandre Falc�o.
A presid�ncia ficou com a ju�za federal da Justi�a Militar Marilena Bitencourt.
O promotor Ot�vio Brava explica. "Eu usei (o termo) imagin�ria para a melhor compreens�o do Conselho que � formado de militares. A leg�tima defesa putativa � uma forma de absolvi��o em que a pessoa acha que est� agindo em leg�tima defesa e n�o est�. � um erro, evidentemente. Mas � um erro escus�vel ou n�o? A quest�o t�cnica � essa. Eu entendi que havia d�vidas, e que era escus�vel."
O promotor fez cr�ticas � pol�tica de seguran�a adotada nas favelas do Rio.
"Acho que foi (um erro escus�vel) porque para mim o problema � colocar as For�as Armadas para fazer papel de Pol�cia. O militar n�o � treinado para isso, mas sim para executar o inimigo. Esse rapaz � de Pelotas, foi 'pin�ado' pelo Estado brasileiro, colocaram um fuzil 762 na m�o dele, jogaram ele no Complexo da Mar� de madrugada e falaram: 'Olha, voc� vai trocar tiros com marginais para fazer o papel de Pol�cia para o qual voc� n�o foi treinado. E se houver problemas, quem vai para o banco dos r�us � voc�, n�o o Estado que estabeleceu a pol�tica de seguran�a irrespons�vel, leviana e inconsequente'."
Den�ncia
Os militares faziam a patrulha na regi�o de Salsa e Merengue, no Complexo da Mar�.
Entre as 2h30 e as 3h15 da manh�, um carro Fiat Palio branco entrou na rua onde eles estavam. Cinco pessoas ocupavam o ve�culo.
Os militares deram ordem de parada, mas o motorista n�o obedeceu. Ele afirma que n�o viu os militares.
Nesse momento, o cabo Danilo Neitzke efetuou seis disparos contra o P�lio assim que ele passou pelo primeiro checkpoint.
Quatro dos ocupantes tiveram les�es leves e um ficou gravemente ferido.
Este �ltimo foi Vitor Santiago Borges, sentado no banco traseiro, � direita.
Ele deu entrada no servi�o de emerg�ncia do Hospital Estadual Get�lio Vargas.
Ele teve duas v�rtebras atingidas por estilha�os de proj�til e acabou parapl�gico. Tamb�m teve parte da perna esquerda amputada.
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