Governador do Cear� pede apoio de tropas federais ap�s ataques a batalh�es da PM

O governador do Cear�, Camilo Santana (PT) anunciou nessa quarta-feira, 19, ter solicitado ao governo Jair Bolsonaro o apoio de tropas para refor�ar a seguran�a no Estado, ap�s quatro batalh�es da Pol�cia Militar serem atacados. Os ataques foram feitos por pessoas encapuzadas, mas h� suspeita de que os respons�veis sejam policiais.

Segundo Santana, as a��es foram feitas por homens mascarados que seriam "alguns policiais" e "mulheres que se apresentam como esposas de militares. O secret�rio de Seguran�a P�blica do Cear�, Andr� Costa, informou que tr�s policiais militares foram presos em flagrante por estarem furando pneus de viaturas em Fortaleza, enquanto um oficial foi conduzido � delegacia em Juazeiro do Norte por estar com um capuz no bolso e armado.

Outros 261 policiais est�o sendo investigados por suspeita de participa��o nas a��es. "Temos, sim, grupos dentro da Pol�cia Militar que t�m praticado crimes militares e atos de vandalismo. Com essas pessoas, o Estado vai agir com todo o rigor que a lei prev�. N�o toleraremos nenhuma dessas condutas e v�o responder por motins, por revolta, insubordina��o. Eles ser�o retirados da folha salarial da pol�cia militar e n�o receber�o sal�rio daqui em diante", disse o secret�rio.

Os ataques teriam ocorrido por falta de um acordo entre o governo do Estado e os policiais e bombeiros sobre o reajuste salarial. De acordo com o representante das categorias da seguran�a p�blica na Assembleia Legislativa do Cear�, o deputado Soldado Noelio (PROS), muitos policiais se manifestam com o rosto coberto. "N�o temos como afirmar quem � o respons�vel por essas a��es de vandalismo. Eles est�o cobrindo os rostos, temendo puni��es por parte do governo", completa. Os policiais tamb�m optaram por n�o se pronunciar sobre os movimentos de paralisa��o.

Na Assembleia Legislativa, uma CPI foi protocolada para avaliar supostas irregularidades cometidas pelas associa��es que representam os agentes da seguran�a p�blica do Cear� e que ocasionaram essas paralisa��es. De acordo com o Minist�rio P�blico, 12 entidades ser�o investigadas. Nos �ltimos seis anos, elas receberam R$ 126,7 milh�es de reais, mas apenas R$ 65 milh�es foram movimentados.