Ministro da Sa�de critica demora da It�lia para atualizar casos de coronav�rus

O ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta (DEM), criticou nesta quarta-feira, 26, a lentid�o da It�lia para informar sobre o avan�o do novo coronav�rus no pa�s. Segundo o ministro, por causa da demora, o Brasil s� passou a avaliar com mais cuidado passageiros que estiveram na na��o europeia a partir de segunda-feira, 23.

O total de mortes causadas pelo coronav�rus na It�lia chegou a 12 nesta quarta-feira, 26, informou a ag�ncia de Prote��o Civil do pa�s. O avan�o da doen�a fez com que governo italiano isolasse algumas cidades no norte do pa�s.

Na segunda-feira, 24, o Minist�rio da Sa�de ampliou a lista de pa�ses sob alerta, adicionando os primeiros pa�ses europeus - al�m da It�lia, tamb�m entraram no rol Alemanha e Fran�a.

Questionado sobre se o Brasil demorou para atualizar a lista, Mandetta negou. "O Brasil se antecipa. Faz antes de todo mundo (a atualiza��o) e se coloca como demora? A vigil�ncia brasileira foi muito r�pida. Essa pergunta seria mais em rela��o ao sistema de sa�de da It�lia."

O ministro observou que a It�lia registrava poucos casos at� que, no domingo, 23, elevou o n�mero de mortes e passou a controlar entrada e sa�da de cidades com transmiss�o do v�rus.

As declara��es de Mandetta foram feitas durante entrevista � imprensa para confirmar que um homem de 61 anos, que retornou da It�lia para S�o Paulo no �ltimo dia 21, � o primeiro paciente no Pa�s do novo coronav�rus.

Mandetta ressaltou que a doen�a s� foi identificada porque a It�lia foi inserida na lista de alerta. Ele reconheceu, por�m, que o mesmo caso poderia ter sido ignorado dias antes, quando a hip�tese da doen�a seria descartada.

O ministro reconhece que pode ter sido ignorado o diagn�stico de novo coronav�rus de pessoas que procuraram o servi�o de sa�de, mas estiveram em pa�ses de fora da lista de alerta. "Tudo � poss�vel", disse. Para ampliar esta lista, o governo brasileiro cobra que a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) reconhe�a a doen�a como uma pandemia.

Hoje, a OMS considera a doen�a uma emerg�ncia global, colocando em alerta apenas pa�ses em que h� transmiss�o interna "consistente" da doen�a, com mais de cinco infec��es dentro do mesmo territ�rio. Ou seja, que n�o foram "importadas" de outras na��es.

Compras da China

O ministro disse ainda que h� preocupa��o sobre dificuldade para importar produtos para sa�de e medicamentos feitos na China, pois o pa�s, epicentro do novo coronav�rus, est� privilegiando a demanda interna.

Mandetta disse que est� trabalhando com f�bricas situadas no Brasil para abastecer Estados com m�scaras, por exemplo, que costumam ser importadas da China.

O ministro tamb�m afirmou que a compra de imunoglobulina tamb�m preocupa. O medicamento � usado para melhorar a imunidade de pacientes de diversas doen�as. O governo aguarda aval da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para importar o produto emergencialmente da China e da Coreia do Sul.