Com a confirma��o de um caso de coronav�rus no Brasil, o pa�s fica em estado de aten��o absoluta em rela��o � doen�a que se tornou epidemia mundial. O m�dico infectologista Carlos Starling, embaixador internacional da Sociedade Brasileira de Infectologia, esclarece, apesar de o cuidado aumentar, que n�o � caso para p�nico ou medo. “Tem dois meses que o pa�s est� num processo de prepara��o. Ent�o n�o tem nada de diferente”, afirmou. Entre as condutas b�sicas, est�o lavar as m�os com frequ�ncia e ter “etiqueta” ao tossir.
O que muda nos cuidados e preven��o com um caso de coronav�rus confirmado no pa�s?
Tem dois meses que o pa�s est� num processo de prepara��o. Ent�o n�o tem nada de diferente. Os casos que porventura aparecerem v�o para hospitais p�blicos e particulares com estrutura e ser�o atendidos de acordo com os protocolos definidos nesses dois meses.
O Minist�rio da Sa�de instalou um Centro de Opera��es de Emerg�ncia (COE) focado em coronav�rus. Foram definidos hospitais de refer�ncia para o acolhimento desses pacientes em todo pa�s. Em Minas Gerais, � o Hospital Eduardo de Menezes, em BH. Casos graves devem ser encaminhados a essas institui��es e casos leves, acompanhados pela Aten��o Prim�ria em Sa�de, com a ado��o de medidas de precau��o domiciliar.
Como evitar que o risco se espalhe?
Entramos numa fase em que os pacientes identificados como de risco alto ser�o internados e os de quadro leve ficar�o de repouso em casa.
Como evitar se contaminar?
� bom evitar ambientes muito fechados, lavar as m�os constantemente, ter etiqueta ao tossir. Ou seja, n�o tossir sem as m�os, o bra�o ou um len�o em frente.
E quanto ao uso de m�scaras?
Andar de m�scara na rua e no aeroporto � bobagem. Andar de m�scara � uma quest�o de respeito a terceiros, n�o � para autoprote��o aquilo. N�o vai proteger em nada. Tem que lavar a m�o, porque toda hora toca em telefone, corrim�o e objetos que algu�m com a m�o suja pode ter pegado.
Os pacientes considerados como suspeitos devem usar m�scara cir�rgica desde o momento em que forem identificados na triagem at� sua chegada ao local de isolamento, segundo o Minist�rio da Sa�de.
Os pacientes considerados como suspeitos devem usar m�scara cir�rgica desde o momento em que forem identificados na triagem at� sua chegada ao local de isolamento, segundo o Minist�rio da Sa�de.
Qual � a gravidade do coronav�rus?
O tr�nsito � muito mais perigoso do que qualquer v�rus. Temos um tr�nsito que mais mata no mundo. Ent�o se tem alguma coisa (perigosa) nesse pa�s � a viol�ncia urbana, muito mais do que qualquer outro v�rus.
O coronav�rus pode ser mais letal ou agressivo aqui em rela��o � China?
N�o � poss�vel responder a essa pergunta com as informa��es.
O risco de transmiss�o aumenta com a confirma��o de um caso no pa�s?
O estado de aten��o aumenta, porque, quando se detecta casos, significa que o v�rus est� chegando aqui. Mas o risco no Brasil � o mesmo que em outros pa�ses onde n�o houve registro de transmiss�o dentro do pa�s.
Quais s�o as recomenda��es para quem vai viajar?
Se tiver uma necessidade absoluta de viajar para um pa�s com transmiss�o local fora de controle, v�. Se n�o, � melhor esperar o rumo que vai tomar, principalmente quem vai fazer uma viagem de turismo e tem maior propens�o, como pessoas idosas, card�acos, diab�ticos que estiverem com viagem marcada para It�lia, China. Tem um pessoal preocupado em viajar para os Estados Unidos, mas l� n�o tem transmiss�o sustentada. Ou seja, transmiss�o local fora de controle.
O Minist�rio da Sa�de orienta que viagens � China sejam feitas somente em casos de extrema necessidade. At� o momento, n�o h� indica��o para aplica��o de quaisquer restri��es ao tr�fego internacional com base nas informa��es dispon�veis sobre esse evento.
Quais sintomas devem merecer aten��o?
A orienta��o �, se tiver febre alta e dificuldade respirat�ria, procurar atendimento m�dico. Os sintomas podem come�ar em 14 dias ap�s a contamina��o.
O Minist�rio da Sa�de considera como caso suspeito febre e pelo menos motivo um sintoma respirat�rio, como tosse ou dificuldade para respirar, al�m de hist�rico de viagem para �rea com transmiss�o local, de acordo com a OMS, nos �ltimos 14 dias ao aparecimento dos sinais ou contato pr�ximo de caso suspeito.
O Minist�rio da Sa�de considera como caso suspeito febre e pelo menos motivo um sintoma respirat�rio, como tosse ou dificuldade para respirar, al�m de hist�rico de viagem para �rea com transmiss�o local, de acordo com a OMS, nos �ltimos 14 dias ao aparecimento dos sinais ou contato pr�ximo de caso suspeito.
Mas pode haver quadros assintom�ticos...
O homem com coronav�rus no Brasil foi muito consciente em procurar atendimento, vindo de um pa�s com transmiss�o sustentada.
� recomend�vel algum m�todo espec�fico de limpeza?
O v�rus � eliminado com o uso de �lcool 70% e �gua sanit�ria. O hipocloreto de s�dio � o que usamos de fazer a limpeza corriqueira, podendo ser usado nas m�os e nos ambientes.
Justifica haver algum medo da doen�a?
� estado de aten��o. Medo e p�nico acontecem quando n�o se tem informa��o e n�o se sabe do que se trata. O sistema de sa�de est� todo orientado em rela��o ao problema. N�o tem como fugir de algo que n�o se controla.
O que ainda n�o se sabe sobre o coronav�rus?
N�o se sabe ainda o tratamento mais eficaz, n�o temos uma vacina. O que existe � o tratamento dos sintomas e suporte de terapia intensiva.Andar de m�scara na rua e no aeroporto � bobagem. Andar de m�scara � uma quest�o de respeito a terceiros, n�o � para autoprote��o aquilo. N�o vai proteger em nada. Tem que lavar a m�o, porque toda hora toca em telefone, corrim�o e objetos que algu�m com a m�o suja pode ter pegado”