Com menor rede do Pa�s, Norte ter� 1/3 das escolas c�vico-militares

Com a menor rede de ensino do Brasil, a Regi�o Norte � a que concentra a maior parte das escolas selecionadas pelo Minist�rio da Educa��o (MEC) para receber o Programa de Escolas C�vico-Militares (Pecim), uma das principais bandeiras do governo Jair Bolsonaro para a �rea. Desde que a a��o foi anunciada, especialistas e gestores educacionais alertam que a pol�tica beneficia um n�mero limitado de estudantes e n�o � uma solu��o para os maus resultados educacionais brasileiros.

A lista com as 54 escolas selecionadas pelo programa foi divulgada na quarta-feira, 26, ap�s o in�cio do ano letivo nas unidades. A Regi�o Norte tem 18 col�gios escolhidos para o modelo, concentrando 33% do total. J� o Sudeste, com a maior rede de ensino b�sico, tem apenas cinco escolhidas - sendo que ainda h� indefini��es sobre as unidades de S�o Paulo e Rio.

O modelo pensado pelo governo Bolsonaro para as escolas c�vico-militares � que elas tenham gest�o compartilhada entre militares e civis. O programa prev� que os militares da reserva atuem em tutorias e na �rea administrativa - e n�o como professores. O formato � diferente das escolas mantidas pelo Ex�rcito, que costumam fazer sele��o para ingresso e t�m custo bem maior do que unidades da rede p�blica regular.

As escolas podem aderir ao modelo em duas modalidades. Na primeira, recebem os militares do Ex�rcito, que ser�o remunerados pelo governo federal; na segunda, os governos locais (Estado ou munic�pio) se encarregam de contratar bombeiros ou policiais militares aposentados e recebem R$ 1 milh�o para investir na infraestrutura.

Apesar de as aulas terem come�ado sem a presen�a dos militares nas escolas e sem que a equipe pedag�gica fizesse um planejamento, o diretor de Pol�ticas para Escolas Militares, Aroldo Cursinho, disse em nota do minist�rio que a implementa��o do programa est� saindo "conforme o planejado". Os oficiais das For�as Armadas ainda n�o foram contratados. A previs�o do Ex�rcito � de que a sele��o s� seja conclu�da em abril.

Planejamento

Quando anunciou o programa, o ministro Abraham Weintraub afirmou que o objetivo para 2020 seria a implementa��o do modelo em pelo menos duas escolas por Estado - no entanto, quatro ficaram de fora (Alagoas, Esp�rito Santo, Sergipe e Piau�) e outros oito foram selecionados para apenas uma unidade.

O MEC afirma que os munic�pios dos Estados sem nenhuma escola selecionada n�o tinham contingente suficiente de militares da reserva para participar do programa. Apesar das dificuldades ocorridas neste ano para iniciar o modelo, o ministro continua defendendo o programa como solu��o para os problemas educacionais do Pa�s.

No �ltimo dia 17, em um evento em S�o Paulo, ele disse que unidades com esse modelo t�m alunos com "rendimento mais alto" e a maior parte dos paulistas quer ter "uma fam�lia, uma casa, um carro e que o filho estude em uma escola c�vico-militar". A �nica escola de S�o Paulo selecionada pelo MEC, em Campinas, ainda n�o definiu se vai aderir ao modelo, uma vez que n�o foi feita uma consulta aos estudantes e professores. Caso a vota��o rejeite o modelo, o MEC informou que vai implement�-lo em uma unidade de Sorocaba. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.