Institui��es religiosas que re�nem grande n�mero de seguidores em seus templos est�o alterando pr�ticas tradicionais para prevenir eventual cont�gio pelo novo coronav�rus. Nas igrejas cat�licas, os padres est�o sendo orientados pelas dioceses a evitar apertos de m�o, abra�os e m�os dadas durante celebra��es. Na comunh�o, a orienta��o � de que a h�stia seja dada na m�o e n�o na boca. Dirigentes de igrejas presbiterianas tamb�m passaram orienta��es a pastores e, em Cotia (SP), um templo budista come�ou a medir a temperatura de visitantes.
A Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), �rg�o m�ximo da Igreja Cat�lica brasileira, informou que n�o indica normas para arquidioceses, mas pede que cada local observe sua realidade e adote provid�ncias necess�rias. "Cabe portanto aos bispos orientarem seus sacerdotes, bem como aos fi�is observarem as regras de higiene compat�veis com o momento." Segundo a CNBB, as arquidioceses mineiras de Belo Horizonte, Uberaba e Juiz de Fora, e as nordestinas de Jo�o Pessoa (Para�ba) e Rio Grande do Norte divulgaram comunicado aos padres com orienta��es para prevenir o v�rus.
Conforme o bispo de Campos (RJ), D. Roberto Ferreira Paz, da Pastoral de Sa�de da CNBB, a recomenda��o � primeiramente trabalhar a preven��o e divulgar as informa��es das cartilhas de sa�de sobre o v�rus e as modalidades de cont�gio. Ele ressalta que � de extrema import�ncia tratar a informa��o sobre o v�rus com objetividade cient�fica e a seriedade dos dados para evitar p�nico e surtos de irracionalidade. "Sobretudo a solidariedade com as comunidades que est�o padecendo ou podem estar mais expostas. Al�m disso, colaborar com a vigil�ncia sanit�ria e estar sempre atualizado, assim poderemos correr na frente e neutralizar os riscos deste v�rus para a nossa popula��o, especialmente os mais vulner�veis."
As principais recomenda��es aos padres s�o para que orientem os fi�is a receber a h�stia nas m�os e n�o diretamente na boca. Em vez do abra�o da paz, dado durante a missa, a orienta��o � fortalecer o sincero sentimento de bem-querer em rela��o ao pr�ximo. Na ora��o do pai-nosso, no lugar de se darem as m�os, o cuidado � que seja cultivado com mais intensidade o compromisso com a fraterna comunh�o.
O secret�rio de imprensa da Arquidiocese de S�o Paulo, padre Bruno Vivas, disse que, em fun��o do que j� foi divulgado pela CNBB, cada par�quia deve adotar as medidas de precau��o necess�rias. Em seu Twitter oficial, a arquidiocese reproduziu orienta��es sobre os cuidados com a doen�a. Em publica��o no site, o cardeal D. Odilo Scherer, arcebispo de S�o Paulo, lembrou que a arquidiocese tem uma "legi�o de profissionais da sa�de, volunt�rios e ministros dos enfermos" em sua Pastoral da Sa�de. "Somos feitos assim e, por mais que encontremos solu��o cient�fica para a cura de muitos males, restar�o ainda muitos e outros novos surgir�o a cada dia", disse.
A Igreja Presbiteriana do Brasil informou que, embora o Supremo Conc�lio n�o tenha editado normas espec�ficas, as recomenda��es para o coronav�rus s�o as mesmas j� adotadas em outras situa��es de risco � sa�de, como evitar grandes aglomera��es e contatos f�sicos prolongados durante os cultos, al�m de ofertar �lcool em gel nas igrejas. Conforme o pastor Ricardo Mota, os cultos est�o acontecendo normalmente e n�o haver� interrup��o nas programa��es em decorr�ncia da confirma��o de um caso em S�o Paulo.
Em seu site oficial, a Universal do Reino de Deus reproduz declara��o do bispo Edir Macedo, fundador e l�der. "Temos visto isso em nossos dias, pois at� mesmo doen�as que eram consideradas erradicadas t�m ressurgido em algumas partes do mundo, deixando as na��es em estado de alerta."
Medi��o de temperatura
J� o templo Zu Lai, em Cotia, na Grande SP, decidiu restringir a entrada, fazendo medi��o de temperatura (sem contato f�sico). Caso o visitante n�o concorde, ser� proibida a entrada. Tamb�m houve cancelamentos de atividades de fim de semana e convite a acompanhar cerim�nias pela internet. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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