O presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 9, que as turbul�ncias globais requerem ainda mais cuidado nas discuss�es que envolvem recursos federais. O coment�rio foi feito no contexto da discuss�o do aumento dos repasses da Uni�o aos Estados por meio do Fundeb, fundo de apoio � educa��o.
"Com crise maior ainda, temos que ter esse cuidado", disse Maia no Encontro Anual Educa��o J�, em Bras�lia. Segundo ele, o Congresso precisa sinalizar para a sociedade que tem preocupa��o com educa��o de qualidade, mas sem descuidar das contas.
"Precisamos de mais recursos na educa��o, n�o tenho d�vidas disso", afirmou o presidente. "Minha preocupa��o � com a quest�o fiscal. N�o podemos errar no tamanho do gasto", frisou.
Apesar dos embates com o ministro da Educa��o, Abraham Weintraub, Maia disse ter certeza de que, com maior ou menor participa��o do governo nas negocia��es, a comiss�o especial formular� um "�timo texto" sobre a quest�o do Fundeb. Segundo ele, a discuss�o precisa ter um desfecho at� abril para dar tempo de o Senado debater o tema at� o fim do ano.
Ele evitou fazer coment�rios sobre a atua��o de Weintraub. "Ao aceitar o convite (para o evento), prometi n�o falar mal do ministro da Educa��o, se n�o ele n�o cai", disse Maia, provocando risos na plateia.
Os repasses do Fundeb valem at� o fim deste ano. Por isso, o Congresso precisa aprovar uma nova mudan�a constitucional para prorrogar a pol�tica. Os parlamentares, por�m, t�m trabalhado para elevar o porcentual de repasse da Uni�o, hoje em 10%. O governo j� sinalizou que pode aumentar para 15%, mas os congressistas querem uma fatia maior.
"Precisamos fechar com o governo", disse Maia. Ele se referiu ao secret�rio do Tesouro, Mansueto Almeida, como um "zagueiro", sinalizando que o secret�rio atua na defesa do governo em resist�ncia �s investidas do Congresso para elevar os repasses. Mansueto deve participar daqui a pouco do evento e est� na plateia.
"Mansueto � o nosso zagueiro, mas � um grande quadro", afirmou, em tom de brincadeira.
Para o presidente da C�mara, o Brasil cresce pouco "h� muitos anos" e um dos problemas � educa��o. "Discutir educa��o � discutir solu��es para nossa crise econ�mica", disse.
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