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Estado de Minas

Dados sobre movimenta��o dos acusados do crime travam caso Marielle

Na manh� deste s�bado, parentes e amigos da vereadora assassinada falaram sobre a import�ncia de informa��es do Facebook e do Google para o prosseguimento do trabalho investigativo


postado em 14/03/2020 13:48 / atualizado em 14/03/2020 13:57

O assassinato ocorreu há dois anos, em 14 de março de 2018(foto: Wikipedia)
O assassinato ocorreu h� dois anos, em 14 de mar�o de 2018 (foto: Wikipedia)
O maior entrave hoje �s investiga��es sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes s�o a recusa de Google e Facebook de compartilharem informa��es sobre a movimenta��o online dos acusados do crime, o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM �lcio Queir�z, segundo o Minist�rio P�blico do Rio.
 
De acordo com a coordenadora do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), Simone Sibilo, esses dados s�o cruciais para a continuidade das apura��es e a descoberta dos mandantes do crime.
 
"Nesse aspecto, de identifica��o dos poss�veis autores, o maior empecilho � o acesso a informa��es do Google e do Facebook. Elas s�o vitais. N�s j� a solicitamos e, hoje, nossos pedidos s�o alvos de mandados de seguran�a em an�lise no Superior Tribunal de Justi�a", disse a promotora que, na �ltima sexta-feira, se encontrou com familiares de Marielle e Anderson.
 
O assassinato ocorreu h� dois anos, em 14 de mar�o de 2018. Lessa e Queir�z est�o presos desde 12 de mar�o do ano passado, mas, at� agora, n�o se chegou aos mandantes do crime nem aos motivos. Na manh� deste s�bado, em entrevista � imprensa, parentes e amigos da vereadora assassinada tamb�m falaram sobre a import�ncia desses dados para o prosseguimento das investiga��es.
 
"Um dos entraves �s investiga��es apontados pelo Minist�rio P�blico s�o o acesso �s informa��es telem�ticas dos acusados requeridas", afirmou a diretora da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, que apoia a fam�lia das v�timas e tamb�m esteve nas reuni�es de sexta com o MPRJ e o governador Wilson Witzel.
 
"O acesso �s informa��es j� tinha sido autorizado pelo tribunal de justi�a do Rio, mas as empresas respons�veis recorreram e se recusam a dar essa informa��o. Um aspecto importante da fala da promotora � que essas informa��es s�o fundamentais para chegarmos a uma resposta sobre quem mandou matar Marielle e por qu�."
 
A quebra de sigilo dos dados de navega��o de Lessa e �lcio foi autorizada pelo juiz Gustavo Kalil, do 4º Tribunal do J�ri, mas as duas empresas impetraram um mandado de seguran�a para impedir a divulga��o das informa��es. O caso agora est� sendo analisado pelo STJ.
 
As empresas dizem que est�o apoiando as investiga��es e j� ajudaram no acesso a muitos dados. Mas alegam que esses pedidos em especial s�o muito amplos, pouco espec�ficos, e que para atend�-los seria necess�rio quebrar o sigilo de milhares de pessoas.
 
Em nota oficial, o Google informou: "N�o comentamos casos espec�ficos. Gostar�amos de dizer que protegemos vigorosamente a privacidade dos nossos usu�rios ao mesmo tempo em que buscamos apoiar o importante trabalho das autoridades investigativas, desde que os pedidos sejam feitos respeitando preceitos constitucionais e legais".
 
O posicionamento do Facebook foi solicitado, mas ainda n�o foi recebido.
 
Segundo a fam�lia de Marielle e os representantes da Anistia Internacional, tanto os celulares encontrados com Lessa e Queir�z, quanto os celulares apreendidos com o ex-PM Adriano da N�brega, apontado como o chefe do bra�o armado da mil�cia e morto pela pol�cia baiana, est�o sendo periciados em busca de provas sobre eventuais mandantes do crime e os motivos.

Lobo solit�rio

Reportagem publicada neste s�bado pelo jornal O Globo diz que a linha mais forte da investiga��o atualmente apontaria para um crime sem mandantes. Segundo o jornal, o PM reformado e miliciano Ronnie Lessa seria um "lobo solit�rio", movido pelo �dio pol�tico.
 
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) que era amigo pessoal de Marielle e trabalhou durante anos com ela se mostrou indignado com essa possibilidade.
 
"Mandei uma c�pia dessa reportagem para o chefe da pol�cia civil e outra para o MP com o recado: N�o aceitamos essa tese, se entrarmos por ai vamos ter problemas", contou Freixo na manh� deste s�bado ao Estado. "Lessa � um matador de aluguel que ficou rico trabalhando para pol�ticos e depois de velho resolveu matar por �dio uma pessoa que ele nem conhecia? Essa � a coisa mais esdr�xula que j� ouvi."
 
A maior parte das manifesta��es p�blicas que marcariam neste s�bado os dois anos do assassinato foram suspensas por conta da epidemia de coronav�rus - que n�o recomenda as grandes aglomera��es de pessoas. Os organizadores pediram que a popula��o preste homenagem aos mortos pendurando la�os e flores amarelas em suas janelas. Tamb�m foram feitas homenagens nas redes sociais com a hashtag #Justi�aPorMarielleEAnderson.


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