O governo federal tem discutido cen�rios para enfrentar a epidemia de coronav�rus com a ind�stria de produtos para sa�de. Na proje��o mais pessimista, com quadro similar ao que ocorre na It�lia, a ideia � instalar at� 20 mil novos leitos. O n�mero foi apresentado em reuni�es recentes do Minist�rio da Sa�de e do gabinete de crise instalado no Planalto.
O n�mero de casos no Brasil vem aumentando nas �ltimas semanas e o governo tenta achatar a curva de casos de coronav�rus. Ou seja, diminuir a velocidade com que surgem novos casos para que o sistema de sa�de d� conta de atender todos os pacientes sem entrar em colapso. O jornal O Estado de S. Paulo comparou a evolu��o de casos de covid-19 no Brasil e em outros pa�ses com grande n�mero de registros, como It�lia e China (veja mais nesta p�gina). Os gr�ficos mostram que a curva achata conforme medidas de isolamento s�o tomadas.
Diante da possibilidade de explos�o de registros, o governo e o setor de sa�de t�m tentado encontrar solu��es para montar estruturas para atender pacientes. At� agora, o governo s� anunciou a contrata��o de equipamentos para montar 2 mil leitos. Os Estados tamb�m t�m aberto espa�os por conta pr�pria. Ontem, o minist�rio publicou portaria para custear - com di�ria de R$ 800 - 2.540 leitos, que s�o a soma do previsto at� aqui pelo governo Bolsonaro e o j� instalado por governadores. Para chegar ao n�mero m�ximo de leitos, o governo j� avalia usar hospitais de campanha e at� requisitar a rede privada.
Em cen�rio otimista, o governo espera ter de instalar at� 5 mil leitos. Somando redes p�blica e privada, o Brasil tem 55,1 mil leitos e 65.411 respiradores, equipamento tido como essencial para tratar casos graves da s�ndrome respirat�ria.
Um desafio ser� encontrar produtos para montagem dos leitos. A ind�stria tem relatado que a produ��o fora do Brasil est� comprometida com encomendas de pa�ses mais ricos atingidos antes pela covid-19. J� a produ��o nacional seria insuficiente para suprir a demanda. S�o apenas quatro f�bricas de respiradores no Pa�s.
Algumas op��es est�o sendo tra�adas. O governo tem interesse em aproveitar a baixa de casos na China para usar produtos fabricados e at� usados por l�. Como muitos desses dispositivos n�o t�m registro no Brasil, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) avalia flexibiliza��o de regras para importa��o. Outra ideia � reservar linhas de produ��o de empresas estrangeiras apenas para atender � demanda brasileira.
Nos dois casos, a ind�stria tem alertado que o governo precisa apresentar logo a sua proposta ao mercado - sen�o, pode ficar para tr�s na corrida global por produtos contra a pandemia. Segundo o setor, o mais correto n�o � o governo indagar "quanto a ind�stria pode fornecer", mas apresentar demanda s�lida, aproveitando o forte poder de compra do SUS para for�ar o interesse de empresas.
O governo tem dito que pretende estimular a produ��o no Brasil. Segundo pessoas que participam das discuss�es, em reuni�es internas fica mais claro, no entanto, que grande parte da demanda ter� de ser atendida por importa��es.
Medidas
Procurado, o Minist�rio da Sa�de informou que "conforme a necessidade do enfrentamento poder�o ser adotadas medidas, como a realiza��o de giro de leitos e reorganiza��o de cirurgias que n�o s�o emergenciais, al�m de novas loca��es de leitos". "As medidas ser�o implementadas conforme as necessidades locais", disse a pasta./ Colaboraram Rodrigo Menegat e Daniel Bramatti)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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