
O diagn�stico sobre a capacidade produtiva e o estoque dispon�vel desses aparelhos foi feito pelas ind�strias de equipamentos m�dicos ap�s o Minist�rio da Sa�de consult�-las, na semana passada, sobre a possibilidade de produ��o de 15 mil novos respiradores para atender o Sistema �nico de Sa�de (SUS) durante a pandemia do coronav�rus.
"O minist�rio solicitou apoio das associa��es da ind�stria para identificar qual o grau de disponibilidade de 15 mil equipamentos. O que tivemos de resposta dos associados foi que a disponibilidade para entrega imediata � praticamente nula e s� teremos algum grau de disponibilidade em 15 dias. Para ter um estoque maior, imagino que leve de 30 a 45 dias", disse ao Estado Fernando Silveira Filho, presidente executivo da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Alta Tecnologia de Produtos para Sa�de (Abimed), entidade que representa as maiores fabricantes do aparelho no Pa�s.
Ele esclareceu que o cen�rio se refere � produ��o nacional e n�o considera os equipamentos importados. Ressaltou, no entanto, que a importa��o neste momento � dif�cil por causa da alta demanda mundial. "Alguns pa�ses j� proibiram a exporta��o desse equipamento. Tem a quest�o do transporte a�reo tamb�m. Com a redu��o de voos, fica mais dif�cil a log�stica de importa��o", explica.
Ele afirma que, no ano passado, os fabricantes associados � Abimed produziram 2,5 mil respiradores, mas destaca que as ind�strias est�o aumentando a produ��o. "As empresas est�o criando novos turnos, pensando em linhas novas de produ��o, contratando pessoal."
De acordo com o Minist�rio da Sa�de, o Brasil tem 65.411 respiradores, dos quais 46.663 est�o dispon�veis no SUS. Levantamento feito pelo Estado no portal Datasus mostra que 3.639 desses aparelhos est�o fora de uso por algum problema.
A General Motors est� � frente de uma for�a-tarefa para consertar os equipamentos. Participam do grupo representantes do Minist�rio da Economia, Senai, Associa��o Brasileira de Engenharia Cl�nica (Abeclin) e outras montadoras e fabricantes de autope�as.
A empresa j� est� preparando �reas espec�ficas nas f�bricas de S�o Caetano do Sul, S�o Jos� dos Campos (SP), Gravata� (RS), Joinville (SC) e seu centro de testes em Indaiatuba, tamb�m em S�o Paulo, para realizar os consertos. Com ajuda do Senai, tamb�m est� treinando, online, pessoal t�cnico para a tarefa.
Alternativas
Outras empresas est�o se mobilizando para desenvolver e produzir, com urg�ncia, equipamentos que ajudem no diagn�stico, preven��o e tratamento da covid-19.No Rio de Janeiro, a PSA Peugeot Citro�n vai utilizar suas impressoras 3D para produzir componentes para protetor facial, feito de acr�lico e usado por m�dicos e enfermeiros por cima das m�scaras cir�rgicas. A iniciativa tem parceria com a Federa��o das Ind�strias do Rio de Janeiro (Firjan).
Outra iniciativa � a da Braile, empresa de S�o Jos� do Rio Preto (SP) que produzir� um aparelho do tipo ECMO, uma esp�cie de pulm�o artificial. O equipamento fica ligado ao paciente em situa��o de gravidade, quando o respirador j� n�o atende a suas necessidades, e oxigena o sangue para o pulm�o.
O grupo deve colocar no mercado em oito semanas oxigenadores capazes de operar por at� 30 dias. Hoje, equipamentos similares s�o usados em cirurgias card�acas, mas operam no m�ximo por seis a oito horas, informa Rafael Braile Cunha, diretor executivo e respons�vel pela �rea de pesquisa e desenvolvimento. "Diante da urg�ncia, mudamos nosso foco e, por meio de novas tecnologias, conseguimos desenvolver uma membrana que permite o uso prolongado."
A empresa j� tem 20 oxigenadores prontos, mas pretende chegar a cem unidades em at� dois meses. Patr�cia Braile, presidente da empresa, informa que o desenvolvimento do produto foi feito em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inova��o Industrial (Embrapii), ligada ao Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia.
E a Embraer tamb�m est� desenvolvendo, em conjunto com seus fornecedores, a fabrica��o de pe�as para a ind�stria de ventiladores e respiradores, a substitui��o de componentes importados para ventiladores e sistemas de filtros de alta efici�ncia para transforma��o de leitos regulares em UTI. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
