M�dica sugere que favor�veis ao fim do isolamento abdiquem de tratamento contra COVID-19

Indignada com a possibilidade de reabertura do com�rcio em Campina Grande (PB), onde mora, a m�dica Adriana de Oliveira Melo, reconhecida nacionalmente por ter sido uma das primeiras a identificar, em novembro de 2015, a rela��o entre o v�rus da zika e os casos de microcefalia no Brasil, usou as redes sociais para sugerir que as pessoas favor�veis ao fim do isolamento social abram m�o de respiradores caso sejam internados com suspeita de coronav�rus.

"Sugiro a quem for favor�vel acabar o isolamento social e abrir o com�rcio, assinar um termo dizendo que abre m�o de um respirador quando n�s, profissionais de sa�de, tivermos que escolher quem vai morrer ou viver", escreveu ela no post em que destaca acreditar na ci�ncia. 

Especialista em medicina fetal e refer�ncia no tratamento da microcefalia no Brasil, ela tem utilizado as redes sociais para alertar seguidores sobre a import�ncia da quarentena. "Minha preocupa��o tem fundamento, e se escolhermos ser irrespons�veis agora, veremos que a pandemia sair� do controle mais r�pido do que podemos imaginar", alerta ela. 

"Sei que existe a preocupa��o em rela��o � economia, que muitos empres�rios e trabalhadores est�o preocupados com o preju�zo que ter�o nos pr�ximos dias, porque eu tamb�m estou. Mas precisamos frear o avan�o do v�rus num esfor�o coletivo. Todos gostar�amos de n�o ter que escolher entre uma coisa ou outra, mas o mundo tem nos dado o exemplo de que � preciso priorizar a sa�de", acrescenta. 

M�dica obstetra, Adriana � reconhecida no Brasil por ter sido uma das primeiras profissionais de sa�de a identificar, em novembro de 2015, a rela��o entre o v�rus da zika e o crescente n�mero de fetos com m� forma��o cerebral, epis�dio que ficou conhecido, posteriormente, como uma epidemia de microcefalia.

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.