O ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, disparou duras cr�ticas contra o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), por causa de uma a��o judicial movida pela autarquia para impedir a convoca��o de seus m�dicos para atuarem em outros locais do Pa�s.
O Minist�rio da Sa�de emitiu uma portaria para cadastrar profissionais de sa�de de diversas �reas que estejam dispostos a serem chamados para atuar em diferentes �reas do Brasil, conforme o avan�o da covid-19. O Cremerj, no entanto, disse Mandetta, j� achou que se tratava de uma convoca��o e entrou na Justi�a para ter o direito de n�o ter seus m�dicos convocados.
"Primeiro, quero dizer que isso n�o existe. M�dico enfrenta a situa��o. Segundo, que a lei prev� a requisi��o de bens e servi�os. Se tiver necessidade, a gente vai requisitar. Terceiro, eu lembro bem quando teve uma epidemia de dengue no Rio de Janeiro. Eu era secret�rio de outro Estado, mas coordenei a ida de m�dicos de outros Estados para ajudarem no Rio de Janeiro a enfrentar a epidemia de dengue", disse Mandetta.
O Rio registra nesta quinta-feira 992 casos de contamina��o no Estado, al�m de 41 mortes pelo coronav�rus. � o segundo maior foco de contamina��o e morte em todo o Pa�s, s� atr�s de S�o Paulo.
"Esse ano, um dos Estados que mais podem ter dificuldade de enfrentar a epidemia � o Rio de Janeiro. Quero deixar muito claro que essa n�o � a posi��o dos m�dicos brasileiros", disse Mandetta, visivelmente irritado com a decis�o da Cremerj. tSe o Rio de Janeiro precisar, se o Cremerj precisar dos m�dicos brasileiros, pode solicitar. Eu tenho certeza que os m�dicos de outros Estados saber�o atender o Rio de Janeiro. N�o h� necessidade de fazer a��o judicial. Fica aqui a minha observa��o", comentou o ministro.
Apesar de destacar que se trata apenas de um cadastro, Mandetta voltou a frisar que o governo federal pode, por lei, convocar o apoio de profissionais do Estado. "Se tiver necessidade, n�s iremos convocar sim. Mas por enquanto, n�o h�. Por enquanto, queremos um cadastro para saber quem s�o aqueles que t�m disponibilidade. E n�o s� m�dicos, mas tamb�m enfermeiros, psic�logos, fisioterapeutas", disse. "Por que n�o ir ajudar o outro Estado? Por que n�o trabalhar? Por que n�o salvar vidas? Abrimos um cadastro de profissionais de sa�de para que, se for necess�rio, fazer um chamamento de m�dicos para atenderem em determinadas regi�es."
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