
Mandetta ressaltou que dada a grande circula��o de v�rus entre a popula��o, como a H1N1 e Influenza A e B, � complicado aplicar a cloroquina, uma vez que sintomas gripais s�o semelhantes entre os casos. A grande preocupa��o do ministro � com os efeitos colaterais que o medicamento pode trazer aos pacientes, como fortes dores de cabe�a e cegueira.
“Lembram do primeiro paciente (infectado pela COVID-19)? Recebeu alta e est� andando. O senador Davi Alcolumbre confirmou, ficou na casa dele uma semana, teve febre, dor de cabe�a, ficou abatido. Precisou ir para o hospital? N�o. Tomou Tylenol, Novalgina. Sarou? Sarou. Est� bem, presidindo o Senado. A grande maioria, 85%, vai ficar muito bem, obrigado. Ent�o ser� que seria inteligente dar um rem�dio a 85% das pessoas que n�o precisam desse rem�dio que tem efeitos colaterais? Ser� que vale a pena sem saber se � coronav�rus, e ainda sim, colocando esse medicamento?”, indagou Mandetta.
O ministro tamb�m exp�s outras situa��es, como o caso de pessoas do grupo de risco para o coronav�rus, acima dos 60 anos, supondo que a cloroquina poderia causar arritmia card�aca, causando um infarto. Mandetta ressaltou que o Conselho Federal de Medicina est� fazendo estudos sobre o medicamento e estabeleceu que os resultados sejam entregues ao Minist�rio da Sa�de at� 20 de abril.
“N�o existe ningu�m dono da verdade. N�o existe aquele que sabe mais do que o outro. N�o tem. Somos todos iguais, vamos todos ter mais disciplina, mais foco, mais �tica e comportamento. Com base nisso daqui, vamos todos andar bem. Podemos errar? Sim. Podemos demorar um pouco para tomar decis�o? Talvez. Podemos tomar uma decis�o precoce que possamos nos arrepender depois? Talvez. Mas vamos juntos. Consci�ncia, foco e disciplina”, disse.
Pensamentos alinhados com Bolsonaro
Durante toda a coletiva, Mandetta utilizou tons amenos ao se referir a Bolsonaro, dizendo que o presidente est� no comando das a��es contra o coronav�rus. O ministro disse que os pensamentos de ambas as partes est�o alinhados quanto ao uso da cloroquina e negou que esteja recebendo imposi��es para liberar o rem�dio.
“Precisamos que todos tenham maturidade, vis�o, foco, disciplina para que a gente possa atravessar esse momento. O presidente em nenhum momento fez diretamente imposi��o. Ele defende, como todos n�s defendemos, que se h� chance para este ou aquele paciente, que possamos garantir o medicamento. Mas ele tamb�m entende que a gente coloca situa��es que podem ser complexas. Ele tamb�m entende que precisamos que os conselhos analisem (a utiliza��o do medicamento)”, concluiu.
O uso da cloroquina � uma das principais diverg�ncias entre Mandetta e Bolsonaro. Enquanto o ministro prega cautela sobre a utiliza��o do medicamento, usando a ci�ncia como base, o presidente tenta a todo momento chancelar a cloroquina, se reunindo com outros m�dicos.