Um adolescente da etnia amaz�nica yanomami morreu ap�s contrair o novo coronav�rus, informaram nesta sexta-feira (10) autoridades brasileiras.
"O ind�gena Yanomami da comunidade Rehebe, de 15 anos, Polo Base Uraricoera, no Munic�pio de Alto Alegre, que estava internado na Unidade de Terapia Intensiva no Hospital Geral de Roraima desde 3 de abril, tendo testado positivo para COVID-19, veio a �bito na noite de 9 de abril de 2020. A causa mortis ainda n�o foi informada", revelou o minist�rio da Sa�de em um comunicado.
O adolescente, de 15 anos, � o primeiro membro da etnia yanomami diagnosticado com a COVID-19 e estava internado em Boa Vista, capital de Roraima (norte).
A not�cia gera preocupa��o sobre o impacto da doen�a nos povos origin�rios amaz�nicos. Os ind�genas s�o especialmente vulner�veis a doen�as vindas de fora pois, em muitos casos, n�o estiveram em contato com os germes para os quais grande parte da popula��o das cidades desenvolveu imunidade.
No Brasil vivem 800.000 ind�genas, distribu�dos em mais de 300 etnias.
Os yanomamis somam cerca de 27.000. Assim como outras etnias, nos anos 1970 foram devastados por doen�as propagadas por colonos estabelecidos na regi�o, enquanto sofriam invas�es violentas de garimpeiros.
"Sabedores do hist�rico de maus resultados quando os ind�genas s�o afetados por v�rus vindos de outras partes... � preciso ter um cuidado triplicado com estas comunidades", advertiu o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta, na quarta-feira.
O adolescente � o terceiro ind�gena falecido no Brasil ap�s contrair o novo coronav�rus, segundo o jornal O Globo. Os outros dois mortos eram das etnias Borari e Muru.
Pelo menos oito ind�genas de tr�s estados testaram positivo em exames para o novo coronav�rus, acrescentou o jornal.
O Brasil � o pa�s da Am�rica Latina com o maior n�mero de mortos pela COVID-19, com 1.056 falecidos at� o momento.