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Estado de Minas GERAL

Associa��es condenam uso indiscriminado da cloroquina e da hidroxicloroquina


postado em 12/04/2020 17:59

A Associa��o Brasileira de Ci�ncias (ABC) e a Associa��o Nacional de Medicina (ANM) divulgaram neste domingo, 12, uma nota conjunta na qual condenam o uso indiscriminado da cloroquina (CQ) e da hidroxicloroquina (HCQ) no tratamento da covid-19, sob a alega��o de que ele "n�o est� apoiado em achados cient�ficos robustos". A nota ressalta ainda que efeitos colaterais significativos foram constatados como arritmia card�aca, toxicidade hep�tica e problemas de vis�o.

O presidente Jair Bolsonaro � um dos maiores entusiastas do uso desses medicamentos no tratamento da covid-19. Ele j� defendeu a ado��o dessa terapia em cadeia nacional, ao mesmo tempo em que condenou as pol�ticas de isolamento social adotadas pelos governos e prefeituras.

A nota conjunta � assinada pelo presidente da ABC, Luiz Davidovich, e pelo presidente da ANM, Rubens Belfort Mattos Junior. No texto, os dois especialistas lembram que, a partir de algumas constata��es in vitro, est�o sendo desenvolvidos estudos cl�nicos com o objetivo de confirmar a efic�cia do tratamento desses medicamentos na covid-19, mas que, at� agora, nada de conclusivo foi encontrado.

"Alguns desses estudos, testando poucos pacientes, encontram-se publicados at� este momento e s�o, portanto, preliminares", ressalta a nota. "Os resultados desses estudos preliminares s�o controversos. Alguns estudos sugerem boa efic�cia em alguns par�metros cl�nicos (nenhum deles indica a melhora de sobrevida) e outros sugerem inclusive risco � sa�de dos pacientes com covid-19 que usaram a medica��o. N�o h�, portanto, qualquer evid�ncia comprovada clinicamente do benef�cio do uso da CQ ou HCQ e h� relatos de efeitos colaterais potencialmente significativos."

As academias de medicina e ci�ncias lembram ainda que, al�m da necessidade de prova cient�fica da efic�cia cl�nica dos medicamentos no tratamento da covid-19, h� outras quest�es importantes que seguem em aberto, como o esquema de tratamento e o per�odo do ciclo da doen�a em que eles deveriam ser empregados.

"Assim, enquanto n�o estiverem dispon�veis os resultados dos estudos cl�nicos que est�o sendo conduzidos no mundo todo com esses dois medicamentos, testando n�mero adequado de pacientes e de acordo com as melhores pr�ticas cient�ficas, seus usos no tratamento dos portadores da covid-19 devem ser restritos a recomenda��es de especialistas, com consentimento do paciente ou de sua fam�lia e cuidadoso acompanhamento medico", sustenta a nota.

A nota lembra ainda que a experi�ncia cient�fica j� demonstrou mais de uma vez que o uso precipitado de um medicamento, baseado apenas em resultados preliminares, "pode trazer consequ�ncias graves e irrepar�veis para a popula��o", al�m de afetar negativamente o avan�o dos estudos de outros compostos eventualmente mais eficazes.


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