
Al�m da cloroquina, a Anvisa decidiu endurecer regras sobre a exporta��o de ingredientes e comprimidos de azitromicina, fentanil, midazolam, etossuximida, propofol, pancur�nio, vancur�nio, rocur�nio, succinilcolina e ivermectina, todos testados contra a covid-19.
O jornal O Estado de S. Paulo revelou que a ind�stria farmac�utica instalada no Brasil tem cerca de 8,9 milh�es de comprimidos de medicamentos � base de cloroquina e hidroxicloroquina. Estes produtos s�o aposta do presidente Jair Bolsonaro no combate ao coronav�rus, mas est�o recomendados pelo Minist�rio da Sa�de somente para pacientes internados, pois faltam estudos conclusivos sobre seguran�a e efic�cia da droga.
Segundo fontes da ind�stria ouvidas pela reportagem, � dif�cil precisar quantos pacientes podem ser atendidos por este estoque, mas a quantidade � "segura" e h� perspectiva de ampliar a produ��o.
O grupo EMS, por exemplo, disse � Anvisa que pode fabricar at� 1,4 milh�o de comprimidos de sulfato de hidroxicloroquina 400 mg no come�o de abril. J� a Apsen projetou mais 5,8 milh�es de unidades at� 24 de abril. A Crist�lia afirmou conseguir fabricar 1,35 milh�o de comprimidos nas pr�ximas semanas. J� a Fiocruz estimou para a Anvisa que entrega 4 milh�es de unidades em at� 30 dias a partir do pedido para a produ��o.
Principal produtora de material para fabrica��o destes medicamentos, a �ndia bloqueou exporta��es de alguns f�rmacos. Ainda assim, a ind�stria brasileira diz ter capacidade de produ��o. "Com alguma dificuldade, n�o acreditamos, nesse momento, em desabastecimento, apesar de um aumento exponencial dos custos de mat�ria prima, fretes, entre outros", disse na �ltima semana ao jornal O Estado de S. Paulo Nelson Mussolini, presidente do Sindicato da Ind�stria de Produtos Farmac�uticos (Sindusfarma), que re�ne as principais empresas do setor no Brasil.
Efic�cia
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, disse � reportagem que a entidade deve se pronunciar ainda nesta semana sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em pacientes da covid-19.
Ele evitou antecipar qual posi��o o �rg�o m�dico tomar�, mas fez a ressalva de que "n�o existe nenhum trabalho na literatura mundial que comprove a efic�cia" do medicamento no tratamento da doen�a. "O que acontece no Brasil � uma situa��o pouco usual. Pessoas comentam sobre a droga como se tivessem dom�nio absoluto", disse ele. Segundo Ribeiro, por�m, "o fato de n�o existir evid�ncia cient�fica n�o quer dizer que n�o se pode recomendar uso, mas com seguran�a".
