
S�o Paulo – O avan�o da pandemia do novo coronav�rus no pa�s motivou a Amil, maior empresa de conv�nios m�dicos do mercado nacional, a antecipar seu plano de levar o servi�o de telemedicina a todos os 3,6 milh�es de clientes da companhia. Inicialmente, a estrat�gia era estender essa op��o de atendimento a todos os usu�rios at� o fim do primeiro semestre.
“N�o t�nhamos uma data r�gida, como se tivesse escrita na pedra, mas era algo para daqui a alguns meses. O cen�rio de avan�o da COVID-19 e o isolamento nos motivaram a antecipar”, afirma Daniel Coudry, CEO da Amil. Segundo ele, o atendimento ser� 100% feito internamente, com o suporte de mais de 360 m�dicos e enfermeiros, 24 horas por dia. “Trata-se do maior programa de telemedicina do pa�s, em um momento crucial para reduzir o n�mero de atendimentos nas estruturas f�sicas dos hospitais”, acrescenta o executivo. Ele afirma que, pelas estat�sticas mundiais, cerca de 80% dos atendimentos em prontos-socorros podem ser resolvidos em consultas convencionais.
Com a tecnologia, a operadora de planos de sa�de expande sua capacidade para atender 6 mil pessoas por dia. A empresa usa a pr�pria infraestrutura j� existente para disponibilizar consultas com hora marcada, por v�deo, com m�dicos e outros profissionais de sa�de de sua rede pr�pria e credenciada, para 100% de seus usu�rios e todas as categorias de planos. “Essa capacidade di�ria de atendimento pode, tranquilamente, ser ampliada se a demanda exigir”, garante Coudry. “Em tempos de pandemia, com o risco maior de contamina��o em hospitais, estamos preparados para ajustar o n�mero de atendimentos remotos”.

LEI
Ontem, no mesmo dia que anunciou a exonera��o do ministro Luiz Henrique Manieta, o presidente Jair Bolsonaro publicou no Di�rio Oficial da Uni�o a lei que autoriza o uso da telemedicina enquanto durar a crise do novo coronav�rus (Sars-Cov-2). O texto j� est� em vigor. A lei estabelece que por telemedicina deve ser considerado “o exerc�cio da medicina mediado por tecnologias para fins de assist�ncia, pesquisa, preven��o de doen�as e les�es e promo��o de sa�de”.
Segundo a lei, que j� est� em vigor, os m�dicos que optarem pelas consultas � dist�ncia devem informar os pacientes sobre todas as limita��es da pr�tica. “Assim como o m�dico da fam�lia, a telemedicina � um recurso importante para desafogar o sistema p�blico de atendimento e para dar efici�ncia aos processos de triagem e tratamento”, afirma Maria Lu�sa Fontenelle, consultora e especialista em gest�o hospitalar pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).
No caso da Amil, o servi�o de telemedicina tem como canal de entrada o atendimento telef�nico, em que enfermeiros fazem uma triagem inicial para identificar quest�es relacionadas ao estado de sa�de do paciente e esclarecer d�vidas. Esse modelo de atendimento tem resolvido mais de 70% dos casos nesse primeiro contato. Os demais 30% recebem um link por SMS ou e-mail para um atendimento por v�deo com um m�dico. Com dura��o m�dia de 10 minutos, o paciente recebe orienta��es espec�ficas de tratamento, podendo inclusive ser encaminhado para um pronto-socorro.
EFICI�NCIA
Na avalia��o de Coudry, essa tecnologia � uma realidade sem volta. “As evid�ncias de nossa pr�pria experi�ncia e de diversos pa�ses demonstram claramente que a telemedicina estimula o acesso correto aos servi�os de sa�de, melhorando sua organiza��o e efici�ncia e, ainda, evitando desperd�cios. Tudo isso gera benef�cios aos clientes, com melhor desfecho e satisfa��o. Neste momento que estamos atravessando, tornou-se uma ferramenta fundamental”.
O diretor Cl�nico da Amil, Fernando Pedro, reitera que o atendimento virtual amplia o acesso ao sistema de sa�de e traz grande conveni�ncia ao cliente, evitando deslocamentos e esclarecendo d�vidas de forma pessoal e imediata. “N�s capacitamos nossas equipes para garantir um alinhamento entre conhecimento t�cnico e atendimento humanizado. Investimos em capital humano e tecnologia para garantir diagn�sticos precoces, orienta��es e encaminhamento correto de v�rias condi��es cl�nicas, de maneira a contribuir para evitar aglomera��es e idas desnecess�rias a unidades hospitalares”, conta Fernando Pedro.
Desde o ano passado, a Amil j� oferecia um servi�o de atendimento m�dico por videoconfer�ncia para um grupo de 160 mil clientes, por meio do Hospital Albert Einstein. No novo modelo, o servi�o � oferecido pela pr�pria Amil, com m�dicos contratados diretamente pela operadora. Em edi��o extraordin�ria do Di�rio Oficial da Uni�o, o Minist�rio da Sa�de havia autorizado o uso da telemedicina durante a pandemia da COVID-19 para atendimentos desde 23 de mar�o, pr�tica que tamb�m j� havia sido validada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).