Seis dias depois de ser escolhido para assumir o comando do Minist�rio da Sa�de, Nelson Teich disse que ainda est� estudando a situa��o do novo coronav�rus no Pa�s e que precisa de mais informa��es para agir. De concreto, n�o anunciou nada al�m do nome de seu novo "bra�o-direito", o secret�rio-executivo do minist�rio, general Eduardo Pazuello, que na realidade � uma escolha pessoal do presidente Jair Bolsonaro acatada por Teich. O novo ministro conheceu seu maior aliado no Minist�rio da Sa�de s� nesta segunda-feira, 20.
Em sua primeira entrevista coletiva, Nelson Teich, voltou a repetir hoje afirma��es de seu primeiro discurso. "A gente sabe muito pouco da doen�a", disse o ministro. "A informa��o sobre a doen�a � cr�tica. A impress�o que eu tenho � que a gente tem que ser muito mais eficiente do que � hoje. � uma corrida contra o tempo", disse o ministro.
Desde o primeiro discurso de Teich, na quinta-feira passada, at� agora, os dados oficiais saltaram de 30.420 casos de contamina��es para 45.757 casos nesta quarta-feira, 22. S�o mais de 15 mil novos casos confirmados. Sobre o n�mero de mortos, s�o quase 1 mil �bitos no mesmo intervalo, saindo de 1.924 mortos para os atuais 2.906 mortos.
Em uma frase de seu discurso r�pido, parecia at� mesmo emular os jarg�es usados por Bolsonaro. "A gente tem que tentar entender melhor isso a�", comentou. De racioc�nio mais conciso que o de seu antecessor no minist�rio, Luiz Henrique Mandetta, Teich sinalizou que prepara uma "diretriz" para que Estados e munic�pios de todo o Pa�s comecem a executar planos de retomada das atividades e econ�micas, a partir da flexibiliza��o do isolamento social, como quer Bolsonaro.
"� imposs�vel um Pa�s viver um ano, um ano e meio parado. Um programa de sa�da, isso � que a gente vai desenhar e dar suporte para Estados e munic�pios", disse o novo ministro. Ao mencionar o general Eduardo Pazuello, procurou fazer uma defesa do novo secret�rio-executivo. "Acredito que ele possa de verdade ajudar a criar um programa de crescimento compat�vel com a necessidade que n�s temos hoje", disse.
Daqui a uma semana, Teich se comprometeu em entregar as "diretrizes" do que ser� feito no Pa�s. O Minist�rio da Sa�de, na pr�tica, repassa orienta��es a Estados e munic�pios. Governadores e prefeitos t�m liberdade para acat�-las ou n�o.
O Supremo Tribunal Federal (STF) imp�s uma derrota ao Pal�cio do Planalto e j� decidiu que prefeitos e governadores podem definir medidas de isolamento social para enfrentar a pandemia.
"O Brasil � gigante e heterog�neo. Na semana que vem, estamos entregando um modelo que possa ser usado como par�metro", disse Teich, sem dar mais detalhes sobre o assunto. "N�o tem f�rmula m�gica. As solu��es n�o s�o boas ou ruins, s�o bem ou mal usadas. A situa��o � dif�cil, complexa, mas com certeza temos condi��es de passar por ela, deixar o sistema de sa�de mais forte pro p�s-covid."
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