
Apesar de reconhecer que n�o h� ainda comprova��o de seguran�a e efic�cia do tratamento, a entidade afirma que a libera��o ocorre devido � excepcionalidade da pandemia.
O CFM passou a livrar de infra��o �tica m�dicos que prescrevem a droga em tr�s situa��es. A primeira � para caso de paciente com sintomas leves, em in�cio de quadro cl�nico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagn�stico confirmado de COVID-19.
Tamb�m � autorizado uso para pessoas com "sintomas importantes", mas que ainda n�o est�o sob cuidados intensivos ou internadas.
No �ltimo cen�rio poss�vel, o paciente pode receber a droga se estiver em estado cr�tico, recebendo cuidados intensivos, incluindo ventila��o mec�nica.
O parecer do CFM, por�m, ressalta que � "dif�cil imaginar que em pacientes com les�o pulmonar grave estabelecida e, na maioria das vezes, com resposta inflamat�ria sist�mica e outras insufici�ncias org�nicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante".
Sem comprova��o
Em todos os casos, o m�dico deve explicar ao paciente que n�o h�, at� o momento, comprova��o de benef�cios do uso da droga contra o novo coronav�rus. Tamb�m deve orientar sobre efeitos colaterais. Para liberar a prescri��o, ser� assinado pelo paciente ou familiares, se for o caso, um termo de Consentimento Livre e Esclarecido.Na pr�tica, os m�dicos j� receitavam, se julgassem necess�rio, estes medicamentos para casos leves da doen�a. O que muda, agora, � que existe respaldo do CFM de que, nestas circunst�ncias, n�o ser� cometida uma infra��o �tica pelo m�dico prescritor.
A entidade m�dica, por�m, n�o autoriza a aplica��o da droga como forma preventiva, para pessoas sem sintomas ou sem confirma��o da COVID-19.
"O posicionamento � que n�o existe nenhuma evid�ncia cientifica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19. � uma droga amplamente utilizada para outra doen�as, j� h� 70 anos, mas em rela��o ao tratamento da covid n�o existe nenhum estudo, nenhum ensaio cl�nico prospectivo randomizado feito por grupos de pesquisadores de respeito com trabalhos publicados em revista de ponta", disse o presidente do CFM, Mauro Ribeiro, ao deixar a reuni�o com Bolsonaro.
O ministro da Sa�de, Nelson Teich, tamb�m participou da reuni�o com o presidente. Bolsonaro � um entusiasta do tratamento com a cloroquina e j� reclamou sobre postura mais cautelosa do Minist�rio da Sa�de em rela��o � droga. A pasta recomenda a aplica��o apenas para pacientes internados, mas sempre reconheceu que m�dicos, assumindo a responsabilidade, podem prescrever para outros casos.
Ribeiro, do CFM, ressaltou que a entidade n�o recomenda o uso da droga, mas libera a prescri��o a crit�rio do m�dico, "dentro da sua autonomia profissional, em decis�o compartilhada com o paciente".