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Estado de Minas GERAL

Flexibiliza��o de isolamento pode causar colapso na sa�de, alertam especialistas


postado em 24/04/2020 08:17

A flexibiliza��o das regras de isolamento no Brasil � precipitada e pode acabar levando ao colapso do sistema de sa�de e at� a medidas ainda mais restritivas de confinamento, segundo especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Ao menos nove Estados e o Distrito Federal j� tomaram medidas para aliviar o distanciamento social e outros dois (S�o Paulo e Mato Grosso) anunciaram planos de levantar parcialmente a quarentena. O presidente Jair Bolsonaro defende um retorno � normalidade.

Segundo a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), alguns crit�rios s�o fundamentais para a flexibiliza��o das medidas de isolamento, como o controle da transmiss�o e a capacidade dos servi�os de sa�de de absorver novos pacientes. "Algumas premissas s�o muito importantes, como estar na etapa de estabiliza��o ou, de prefer�ncia, de queda no n�mero de novos casos da doen�a", explicou o infectologista Fernando Bozza, chefe do Laborat�rio de Medicina Intensiva do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, e coordenador de pesquisa do Instituto D'Or.

"O segundo ponto crucial � que o sistema de sa�de n�o esteja sob grande estresse; at� porque, se algo der errado, a situa��o ser� dram�tica. A terceira premissa � termos capacidade de testagem, diagn�stico e vigil�ncia. Precisamos ter essas tr�s condi��es para come�armos a conversar sobre flexibiliza��o ou � precipitado."

O Pa�s, hoje, n�o atende a nenhuma dessas premissas. O n�mero de novos casos est� em ascens�o, os hospitais p�blicos dos grandes centros est�o lotados e o n�mero de testes e diagn�sticos � muito aqu�m do ideal. "Neste momento nos parece muito temeroso avan�ar com uma flexibiliza��o", afirmou a especialista em gest�o de sa�de Crystina Barros, integrante do grupo t�cnico de enfrentamento � covid-19 da UFRJ. "Provavelmente vamos acabar levando a uma sobrecarga do sistema de sa�de em dez ou 14 dias e at� mesmo a um lockdown (medidas de quarentena ainda mais r�gidas do que as atuais)."

Embora j� tenhamos cumprido cinco semanas de isolamento, dizem especialistas, adotamos as medidas de confinamento em um momento mais inicial da epidemia, em compara��o a outros pa�ses. Estamos pelo menos dez dias antes de Espanha, It�lia e Estados Unidos, na linha do tempo da doen�a. Nesses pa�ses, o n�mero de novos casos j� come�a a se estabilizar.

Outro problema no Brasil � a tend�ncia de interioriza��o da epidemia, o que vai demandar servi�os mais especializados de sa�de no interior e pressionar os centros maiores.

Nesta quinta-feira, uma das mais prestigiadas revistas m�dicas do mundo, o New England Journal of Medicine, publicou um editorial defendendo que s�o necess�rias pelo menos dez semanas de trabalho intenso para conseguir parar a doen�a. O texto, assinado pelo m�dico Harvey Fineberg, especialista em pol�ticas de sa�de, defende, al�m de medidas de isolamento, a��es de organiza��o do comando da sa�de, testagem em massa, pesquisas e prote��o aos profissionais. Uma das estrat�gias � dividir a popula��o em grupos de infectados (casos graves e leves), casos presumidos, e pessoas expostas e trat�-las ou isol�-las rigorosamente. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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