Os diretores da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) discutem nesta ter�a-feira, 28, se liberam a aplica��o de testes r�pidos de coronav�rus em farm�cias. Atualmente, testes r�pidos s�o aplicados em ambiente hospitalar e cl�nicas das redes p�blica e privada.
A proposta ser� levada pelo presidente-substituto da ag�ncia, Antonio Barra Torres, m�dico e contra-almirante, tido como conselheiro de Jair Bolsonaro para assuntos de sa�de.
Segundo integrantes do governo, a c�pula do Minist�rio da Sa�de chegou a resistir � proposta, mas passou a apoi�-la recentemente. O novo ministro da pasta, Nelson Teich, tem dito que melhorar o grau de informa��o sobre a doen�a no Brasil � pilar de sua estrat�gia de resposta � pandemia, que tem como um dos pontos a sa�da do distanciamento social, como defende Bolsonaro.
O receio de autoridades de sa�de, como da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), � que testes r�pidos t�m alto �ndice de "falso negativo", se aplicados nos primeiros dias de sintomas da doen�a. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou, exames doados ao governo pela mineradora Vale podem errar 75% dos resultados negativos, segundo an�lise encomendada pelo pr�prio Minist�rio da Sa�de.
A expectativa de fontes do minist�rio de Teich � que a Anvisa aceite a aplica��o em farm�cias, mas exigindo que o teste seja feito apenas ap�s alguns dias do surgimento de sintomas da doen�a.
A forte chance de falso negativo, nos primeiros dias, deve-se � caracter�stica do exame, que detecta anticorpos para a doen�a. Essas subst�ncias s� surgem quando o corpo reage ao v�rus, o que leva alguns dias. Por isso, autoridades recomendam uso de testes do tipo "RT-PCR", mais lento e caro, para garantir diagn�stico preciso para a covid-19.
Segundo integrantes do minist�rio, h� forte press�o do Pal�cio do Planalto para ampliar o n�mero de testes no Pa�s. A Sa�de tem sinalizado que pretende aumentar o p�blico-alvo para exames de diagn�stico r�pido.
No come�o da crise, o Minist�rio da Sa�de recomendava apenas a aplica��o de testes r�pidos para quem atua na "linha de frente" do combate � covid-19, como profissionais da sa�de. Em boletim epidemiol�gico publicado na �ltima semana, no entanto, o minist�rio afirma que deseja "progressivamente" incluir idosos, portadores de condi��es de risco para complica��es da covid-19 e a popula��o economicamente ativa na rotina de testagem. A ideia seria tamb�m aumentar a "carteira" de curados e imunes � doen�a que poderiam retornar ao trabalho, dizem integrantes do governo.
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