O colapso nos sistemas de sa�de em alguns dos Estados do Norte e do Nordeste com o novo coronav�rus coincide com a baixa oferta de m�dicos, enfermeiros, leitos de UTI e respiradores, problemas que existiam antes mesmo da pandemia. Estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) a partir do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sa�de (DataSUS) mostra que os Estados do Amazonas, Acre, Amap�, Par� e Maranh�o apresentavam no ano passado os menores �ndices de distribui��o de m�dicos para cada 100 mil habitantes entre todos os Estados do Pa�s.
Recursos necess�rios para o combate da covid-19, como leitos e ventiladores mec�nicos, tamb�m eram baixos em diversos Estados daquelas regi�es.
Com quase 10 mil casos confirmados de covid-19 e 751 mortes registradas desde o in�cio da pandemia, o Amazonas tinha em dezembro 111 m�dicos para cada 100 mil habitantes. Como compara��o, o Distrito Federal - que apresenta os melhores �ndices - possu�a mais que o triplo: 338 m�dicos para cada 100 mil habitantes.
A falta de profissionais tamb�m j� era vista no quadro de enfermeiros. O Amazonas tinha no ano passado 102 enfermeiros para cada 100 mil habitantes, ante 198 no Distrito Federal.
Segundo o IBGE, em dezembro do ano passado o Piau� apresentava a menor oferta de leitos de UTI entre todos os Estados: apenas 7,1 para cada 100 mil habitantes. Amazonas (7,0), Acre (5,4), Amap� (5,4) e Roraima (4,1) vinham na sequ�ncia.
A pouca oferta de respiradores � outro aspecto que fica evidente. Os Estados que apresentaram os menores �ndices de distribui��o dos aparelhos para cada 100 mil habitantes foram o Acre (16,3), Alagoas (15,2), Maranh�o (13,9), Piau� (13,7) e Amap� (10,4). Novamente, o Distrito Federal era o mais bem servido, com 63 aparelhos dispon�veis para cada 100 mil.
O levantamento do IBGE tamb�m aponta para regi�es do interior dos Estados com maiores dificuldades de acesso a profissionais de sa�de, leitos e equipamentos - e, no geral, mais uma vez a situa��o j� era cr�tica no norte e nordeste.
Santar�m, cidade do interior do Par� com popula��o estimada em 786 mil habitantes, apresentava �ndice de apenas 58 m�dicos a cada 100 mil habitantes; Irec�, na Bahia, (com popula��o de 512 mil e �ndice de 60) e Garanhuns, em Pernambuco, (568 mil e �ndice de 64) vinham na sequ�ncia.
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