
O prefeito de S�o Paulo, Bruno Covas (PSDB), defendeu na manh� desta ter�a-feira (12), medidas mais duras caso a popula��o n�o respeite o isolamento social na cidade. Nesta ter�a-feira, a taxa de isolamento social na cidade ficou em 49%, �ndice abaixo da meta m�nima de 50% esperado pelo governo, mas o melhor resultado para um dia �til aferido nas duas �ltimas semanas.
Durante entrevista � GloboNews, Covas n�o descartou a possibilidade de lockdown. "Mesmo com o custo pol�tico, se chegar em um momento que os t�cnicos da sa�de recomendem, n�s vamos fazer. Mesmo com a dificuldade de fazer isso de forma isolada, uma cidade como S�o Paulo, onde n�o se v� a divisa entre S�o Paulo e S�o Caetano ou S�o Paulo e Guarulhos, as pessoas moram em uma cidade e trabalham em outra", afirmou.
No entanto, Covas disse que de acordo com a realidade metropolitana de S�o Paulo, a medida ter� mais efeito se for feita tamb�m pelos 39 prefeitos da regi�o ou pelo Governo de S�o Paulo. "A Prefeitura de S�o Paulo isoladamente decretar isso, o efeito n�o ser� o esperado, mas vamos seguir as recomenda��es". Ele acrescenta que muitas cidades ficam pr�ximas de bairros mais perif�ricos da capital paulista, "onde h� mais casos de mortes pelo novo coronav�rus".
Sobre a amplia��o do rod�zio municipal de ve�culos na cidade, Covas considera como acertada a mudan�a. Segundo o prefeito, a cidade registrou �ndice de isolamento de 49,3% na segunda-feira (11), no primeiro dia em que o rod�zio ampliado entrou em vigor.
"O �ndice de isolamento, que era de 46% na sexta-feira (8), foi de 49,3% nesta segunda-feira. E mostra que estamos no caminho de voltar aos 55% e 60%, que � o que n�s t�nhamos no in�cio da quarentena. Voltando a este �ndice, a gente volta a suspender o rod�zio na cidade de S�o Paulo. Quanto mais as pessoas colaborarem e ficarem dentro de casa, mais a gente pode falar sobre flexibiliza��o. Quanto menos pessoas colaborarem, mais a gente precisa endurecer com as regras", afirmou Covas.
De acordo com o prefeito, a restri��o provocou a diminui��o de 1,5 milh�es de ve�culos nas ruas e acr�scimo de 270 mil pessoas no transporte p�blico municipal. "Aumento de 6% no n�mero de passageiros, acompanhado pelo aumento de 12% na frota de �nibus. Tamb�m estamos acompanhando o movimento nos trens (da CPTM) e do Metr�, de responsabilidade do Governo de SP", justificou.
O prefeito de S�o Paulo voltou a dizer que a postura do presidente Jair Bolsonaro n�o colabora com o isolamento social necess�rio para conter o avan�o da COVID-19. "Se ele mostrasse para as pessoas o quanto � importante ficar em casa, j� colaboraria bastante".
Sobre o decreto editado pelo presidente e publicado em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o que considera sal�es de beleza, barbearias e academias como atividades essenciais, Covas disse que sua decis�o ser� apresentada at� quarta-feira (13).
"Estamos verificando com o pessoal da vigil�ncia sanit�ria se vamos abrir as atividades com algum protocolo de atendimento ou se n�o vamos levar em considera��o o decreto presidencial sobre atividades que foram consideradas essenciais pelo presidente da Rep�blica, como sal�es de beleza e academias". Nesta ter�a-feira, a Prefeitura de S�o Paulo publicou edital de chamamento p�blico em que solicita 100 leitos de interna��o em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) a hospitais privados da capital paulista.
"T�nhamos na cidade de S�o Paulo 507 leitos de UTI nos nossos 19 hospitais. Ampliamos em 790 leitos de UTI. Vamos chegar a uma amplia��o total de 1.500. Com a parceria com o setor privado, acrescentar mais 800 leitos de UTI na capital. Para evitar, quem � tratado ou n�o. Conseguir, assim, taxa de 90% de pessoas que conseguem tratamento e ter alta depois".