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Estado de Minas GERAL

Monitor aponta que m�dia de isolamento social no Pa�s � de 43,4%; ideal seria 70%


postado em 15/05/2020 12:00

O isolamento social est� em queda no Brasil. O monitor do isolamento do jornal O Estado de S. Paulo feito com base em dados da Inloco, empresa de tecnologia que fornece intelig�ncia a partir de dados de localiza��o, mostra que a m�dia no Pa�s est� em 43,4%. Especialistas apontam para a necessidade de no m�nimo ser de 70% e nenhum Estado chega a 51%.

Nos �ltimos dias, o n�mero de pessoas que evitou sair �s ruas ficou em patamar pr�ximo aos da primeira quinzena de mar�o, quando os casos de covid-19 ainda eram reduzidos no Pa�s. O afrouxamento da quarentena por parte da popula��o coincide com o momento em que o sistema p�blico de sa�de come�a a entrar em colapso. O monitor permite verificar o indicador de isolamento do pa�s e tamb�m separado por Estados, al�m de gr�ficos com o hist�rico das taxas. A Inloco tem sede no Recife e escrit�rios em S�o Paulo, Palo Alto (Vale do Sil�cio) e Nova York.

Detalhamento

S�o Paulo, epicentro da doen�a no Pa�s, ocupa apenas o 13.� lugar em isolamento. Nem o rod�zio de ve�culos mais rigoroso na capital melhorou os n�meros gerais. Ontem, o monitoramento apontou uma taxa de isolamento social de 43,03% Os n�meros s�o mais baixos do que os �ndices do governo estadual, por causa da metodologia. Enquanto os dados oficiais utilizam informa��es de telefonia m�vel de cidades com mais de 70 mil habitantes, os analisados pelo Monitor Estad�o/Inloco partem de dados captados com uma tecnologia que considera, al�m dos sinais de GPS, a localiza��o tamb�m por sensores presentes no Wi-Fi e Bluetooth. Trata-se de modelo premiado por �rg�os reconhecidos em computa��o, como ACM - Conference on Economics and Computation e o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletr�nicos (IEEE), nos Estados Unidos.

A crescente falta de leitos n�o tem sido suficiente para convencer a popula��o a seguir as orienta��es de afastamento. O Amazonas - que nos �ltimos dias bateu recordes di�rios de infec��o, est� com seu servi�o p�blico de sa�de saturado e enfrentou alta demanda por urnas funer�rias - tem menos da metade de seus habitantes em isolamento. Ainda assim, o n�mero consegue ser melhor do que no Centro-Oeste, cuja popula��o menos tem ficado em casa. Os tr�s piores �ndices ficam na regi�o. A popula��o de Goi�s � a menos afeita ao distanciamento - apenas 36,9%. Tocantins (37,5%) e Mato Grosso (39%) v�m na sequ�ncia.

O monitoramento tem atualiza��o di�ria e os dados mais recentes demonstram pouca efic�cia no lockdown decretado em Par� e Maranh�o. O n�mero de pessoas que t�m evitado ir �s ruas ainda � baixo naqueles Estados. Enquanto o Par� registrou 55% de isolamento no fim de semana, essa curva voltou a cair e, na quarta, era de 49,5%. No Maranh�o, chegou a 50% no Dia das M�es, mas dois dias depois caiu para 48,7%.

Os dois Estados enfrentam uma grave crise em seu sistema de sa�de, por causa da pandemia de covid-19. O Par� est� com a taxa de ocupa��o de seus leitos acima de 90% h� pelo menos tr�s semanas, mesmo com a inaugura��o de novos hospitais de campanha no per�odo. O Estado contava com 152 respiradores vindos da China para ampliar o atendimento aos pacientes graves de covid-19, mas todos chegaram com defeito. No Maranh�o, a pandemia � agravada pelos baixos �ndices econ�micos e sociais, e o isolamento se torna particularmente dif�cil pela grande quantidade de trabalhadores informais.

O Monitor Estad�o/Inloco tamb�m permite observar a evolu��o do isolamento no Pa�s desde o fim de janeiro - e isso evidencia um afrouxamento por parte da popula��o ap�s meados de mar�o, justamente quando a pandemia come�ou a ganhar for�a. O pico de isolamento no Brasil foi registrado no dia 22 daquele m�s, quando 62,6% da popula��o ficou em casa. Depois disso, as curvas de isolamento t�m apresentado tend�ncia de queda - o inverso das de contamina��o e mortes.

O Cear�, que na quarta-feira se tornou o segundo Estado com mais infectados, atualmente apresenta o melhor �ndice de quarentena -50,9% da popula��o tem evitado ir �s ruas. Em terceiro no ranking de infectados por covid-19, o Rio tem taxa de isolamento social em queda di�ria, e atualmente � de 46,7%. No auge, superou os 64%. Parte da piora pode ser creditada � popula��o da capital fluminense, que nas �ltimas semanas relaxou � quarentena. Esta semana, Niter�i, S�o Gon�alo e Rio apresentaram medidas de "lockdown" parcial.

No Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) estabeleceu um plano de "distanciamento controlado", que passou a vigorar na segunda-feira. A medida prev� diferentes n�veis de isolamento no Estado. O plano ainda dever� ter impacto no �ndice de isolamento social do Estado, que j� � baixo - segundo o Monitor Estad�o/Inloco, na casa dos 42%.

Reprodu��o menor do v�rus

Estudo divulgado na �ltima sexta-feira (8) pelo Imperial College de Londres revela que as interven��es de isolamento social foram capazes de derrubar em 54% o n�mero de reprodu��o do coronav�rus (aquele que indica quantas pessoas um doente � capaz de infectar) no Pa�s. Mesmo assim, mostra o trabalho, a epidemia "continua em expans�o", explicou o m�dico Ricardo Schnekenberg, da Universidade de Oxford, co-autor do relat�rio. "Sem uma mudan�a significativa, a tend�ncia � que o n�mero de casos continue crescendo."

Para que a epidemia comece a decrescer esse n�mero de reprodu��o tem de ser menor que um. Ou seja, uma pessoa doente n�o transmite o v�rus nem para mais um. Para que isso seja poss�vel, o porcentual de popula��o isolada deve ser de pelo menos 70%. No Brasil, mesmo nas primeiras semanas do isolamento, esse porcentual n�o passou de 65%. Apenas em feriados chegou-se a 70%. Em m�dia, as taxas de isolamento nacionais ficam em 50%. Por isso, a taxa de reprodu��o da doen�a continua acima de 1 e a epidemia se mant�m em expans�o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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