
Segundo a jovem, ela aguardava por transporte, no domingo, por volta de 12h, em uma parada de �nibus, pr�ximo ao posto de sa�de, na quadra 21 do Parano�, quando o homem passou em um carro e lhe ofereceu carona, supostamente como motorista de transporte irregular. A v�tima aceitou com o objetivo de ir at� a Rodovi�ria do Plano Piloto, mas estranhou o fato de o homem n�o parar em nenhuma outra parada para pegar passageiros.
De acordo com o depoimento da v�tima, ao perceber que ela estranhava a situa��o, o motorista teria dito “tem carona que compensa”. Pr�ximo ao bal�o de acesso � Barragem do Parano�, o homem desviou o caminho e pegou uma estrada de terra marginal � pista. Ao entrar na estrada, o motorista teria dito ''fica quietinha''. Nesse momento, a v�tima pulou do carro em movimento. O que a fez sofrer les�es nos dois joelhos, p� e bra�o.
“Eu ia para o N�cleo Bandeirante e, quando estava na parada, ele passou gritando ‘Rodovi�ria’. Entrei e sentei no banco de tr�s. Passaram tr�s paradas e eu vi que ele n�o tinha chamado mais ningu�m, ent�o comecei a achar estranho. Mandei mensagem para a minha m�e. Ele continuou o percurso e entrou em uma ladeira. Foi o momento em que ele falou ‘fica quietinha’. Nessa hora, eu me joguei. Eu nem olhei para tr�s. Ainda consegui pegar minha bolsa, subi a ladeira e corri para a pista”, contou a jovem.
O motorista, ent�o, fugiu seguindo o caminho da Barragem do Parano�. Um motociclista, que vinha logo atr�s, percebeu a situa��o e anotou a placa do ve�culo. Uma mulher, que passava pelo local, tamb�m parou para ajudar e levou a v�tima ao Hospital Regional do Parano� (HRP). Na unidade de sa�de, a jovem foi medicada e teve bra�o, joelhos e p� enfaixados.
“Eu nem consigo andar direito. Mas o bom � que preservei minha vida. De todos os males, foi melhor eu ter feito isso. Eu imagino que ele fosse me matar. A sorte � que o rapaz da moto reparou na hora que ele entrou no mato e ficou atento. Foi um anjo mesmo. Se n�o fosse isso, acho que n�o estaria mais aqui”, disse a moradora do Parano�.
Aos policiais, o motociclista afirmou que passava pela pista, quando percebeu que o ve�culo estava na contram�o acessando a estrada de terra. Ele, ent�o, viu a mulher saltando do carro em movimento e percebeu que o motorista engatou a marcha r�, mas n�o conseguiu concluir a manobra. No entanto, em depoimento, o motociclista afirmou acreditar que inten��o do motorista era atropelar a jovem.
Pris�o
O carro utilizado pelo homem pertence a uma locadora de ve�culos, localizada no Riacho Fundo. Ele foi preso em flagrante, por volta das 18h desta segunda-feira (18/5), no momento em que devolvia o ve�culo alugado. O suspeito foi reconhecido pela v�tima, na delegacia.
Em depoimento � pol�cia, ele afirmou ser morador de Ceil�ndia Norte e trabalhar como motorista de aplicativo. Segundo o suspeito, o celular dele descarregou e, por n�o conseguir utilizar o aparelho para realizar corridas, decidiu oferecer transporte nas paradas de �nibus do Parano�, regi�o por onde passava.
O homem confirmou que a jovem embarcou no carro e afirmou que, por cansa�o, dormiu ao volante e perdeu a dire��o do ve�culo pr�ximo � barragem, o que o teria feito adentrar pela estrada de terra. De acordo com ele, quando percebeu, a mulher havia pulado do carro. Ele alegou que, em momento algum, pensou em violentar sexualmente a passageira.
No entanto, segundo a delegada-chefe da 6ª Delegacia de Pol�cia (Parano�), Jane Kl�bia do Nascimento, a vers�o do homem � contradit�ria. “As circunst�ncias demonstram a inten��o dele. Quando ele vai em dire��o � estrada de terra, ele n�o perde o controle do carro. Ele n�o fez a trajet�ria do ve�culo que indicasse que estava cochilando. Ele faz uma convers�o”, pontuou a delegada.
Segundo a investigadora, os depoimentos apontam para a tentativa de crime sexual. “Ele argumentou que cochilou, mas a v�tima afirma que ele a amea�ou dentro do carro. O que mostra que ele estava completamente l�cido. Nesses casos, o depoimento da v�tima � muito forte para a gente. Ele conta que, depois de supostamente perder a dire��o, parou o ve�culo e tentou ir atr�s dela para conversar. Mas uma testemunha diz que ele tentou engatar a r� e, em momento algum, saiu para conversar com a v�tima. Todo o depoimento dele � contradit�rio. O que indica que o estupro n�o aconteceu por for�a alheia � vontade dele”, explicou Jane.
O homem vai responder por tentativa de estupro. Se condenado, pode pegar de seis a 10 anos de pris�o.
