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Estado de Minas COVID-19

"Deveria ter havido isolamento mais agressivo desde o come�o"

O infectologista Felipe Prohaska, da Universidade Federal de Pernambuco, afirma que a dissemina��o do novo coronav�rus se beneficia da estrutura insuficiente de sa�de e da falta de medidas mais severas de distanciamento social


postado em 21/05/2020 04:00

Ana Raquel Lelles*
Infectologista Felipe Prohaska alerta para atendimento precário numa capital com maior número de aglomerados (foto: Arquivo pessoal)
Infectologista Felipe Prohaska alerta para atendimento prec�rio numa capital com maior n�mero de aglomerados (foto: Arquivo pessoal)

Pernambuco registrou, ontem, 1.318 novos casos de infec��o pelo novo coronav�rus, segundo a Secretaria de Sa�de do estado.  Com o avan�o, o n�mero de pessoas contaminadas pulou para 21.274 e as mortes j� chegam a 1.745, das quais 95 a mais em um �nico dia. A capital, Recife, � o epicentro da doen�a respirat�ria. O m�dico infectologista Felipe Prohaska, da Universidade Federal de Pernambuco, n�o tem d�vidas de que uma s�rie de caracter�sticas da cidade facilitam a dissemina��o do v�rus.

“Primeiro, porque � uma cidade tur�stica, tem um carnaval bem popular no estado e recebe pessoas de todo o pa�s. Outra coisa � a quest�o habitacional, visto que Recife, comparada com outras capitais do Brasil, tem mais favelas. Mais de 40% da popula��o vivem em condi��es de higiene sanit�ria deficientes”, explica o infectologista.

Embora n�o acredite que a dissemina��o do v�rus em Recife tenha come�ado no carnaval, em fevereiro, Rafael Prohaska afirma que medidas sanit�rias mais severas deveriam ter sido implantadas no munic�pio desde o in�cio da pandemia do novo coronav�rus no estado. “Acho � que deveria ter sido feito um isolamento mais agressivo desde o come�o, e n�o, simplesmente o fechamento das escolas e do com�rcio e acharmos, assim, que tudo estava resolvido” critica.

Entretanto, Felipe afirma que o estado “poderia estar em uma situa��o muito pior do que est� hoje” caso n�o tivesse havido a paralisa��o do com�rcio e das escolas. H� tr�s dias em bloqueio total, Recife registrou mais de 66% da popula��o dentro de casa. Olinda foi a segunda cidade com a maior porcentagem de pessoas em quarentena, totalizando 65,3%. 

Al�m da capital e da cidade do frevo, outros quatro munic�pios pernambucanos que tamb�m est�o em lockdown, marcaram mais de 60% da popula��o em isolamento social. O estado deve permanecer em bloqueio total at� dia 31.

Com essa m�dia de ades�o � quarentena, Pernambuco � o estado do Brasil que tem a porcentagem mais pr�xima dos 70%, considerado ideal pelos especialistas para controlar a pandemia e manter a seguran�a da popula��o brasileira. Entretanto, o novo coronav�rus est� se disseminando rapidamente pelos munic�pios pernambucanos, segundo o secret�rio estadual de Sa�de, Andr� Longo.

Dificuldades 

Para o infectologista Felipe Prohaska, a maior dificuldade de conter o avan�o do v�rus est� na “porta de entrada” da COVID-19. “Imagine uma grande quantidade de pacientes, principalmente na aten��o b�sica e secund�ria, que s�o as UPAs (unidades de pronto-atendimento) e as unidades de Sa�de. Essas unidades ficam sobrecarregadas e demoram para dar suporte ao paciente. Dessa forma, eles entram em tratamento num hospital terci�rio de forma tardia, j� no s�timo dia de sintomas”, explica o m�dico.

Felipe conta que t�m sido feito testes de todas as doen�as respirat�rias agudas graves em Pernambuco. Na avali��o do infectologista, “o resultado de testes est�o saindo relativamente r�pido, comparado aos de outros estados brasileiros”.

*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Marta Vieira


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