O governo federal exonerou o m�dico e biof�sico Antonio Carlos Campos de Carvalho do cargo de secret�rio de Ci�ncia, Tecnologia, Inova��o e Insumos Estrat�gicos em Sa�de do Minist�rio da Sa�de. A exonera��o, "a pedido", est� publicada no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) desta sexta-feira, 22, em portaria assinada pela Casa Civil da Presid�ncia.
Carvalho assumiu o cargo no in�cio do m�s, em 4 de maio, ainda na equipe do ent�o ministro da Sa�de, Nelson Teich.
A secretaria que Carvalho comandava � respons�vel, entre outras atribui��es, pela coordena��o do processo de incorpora��o, altera��o ou exclus�o de medicamentos, tecnologias e inova��es ao Sistema �nico de Sa�de (SUS). A �rea tamb�m coordena pol�ticas de fomento e pesquisa, incluindo estudos sobre a aplica��o da cloroquina no tratamento do novo coronav�rus.
A sa�da de Carvalho ocorre dois dias depois da mudan�a no protocolo de uso do medicamento contra casos da doen�a. Na quarta-feira, o Minist�rio da Sa�de divulgou novas instru��es que liberam a cloroquina e a hidroxicloroquina no SUS para todos os pacientes de covid-19, desde os primeiros sinais da infec��o.
A orienta��o anterior previa a prescri��o da subst�ncia apenas para casos graves. O novo entendimento da Sa�de foi formalizado depois de press�o do presidente Jair Bolsonaro, mesmo a pasta e o pr�prio presidente reconhecendo que n�o existe efic�cia comprovada da droga para combater o v�rus.
No novo protocolo, a orienta��o do minist�rio � pela prescri��o de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina, ambos combinados com azitromicina, at� para casos leves. As doses dos medicamentos se alteram conforme o quadro de sa�de.
O documento avisa que cabe ao m�dico prescrever e que o paciente deve assinar um termo de "Ci�ncia e Consentimento" sobre o uso da droga. O protocolo inclui declarar conhecer que o tratamento pode causar efeitos colaterais que podem levar � "disfun��o grave de �rg�os, ao prolongamento da interna��o, � incapacidade tempor�ria ou permanente, e at� ao �bito."
"Apesar de serem medica��es utilizadas em diversos protocolos e de possu�rem atividade in vitro demonstrada contra o coronav�rus, ainda n�o h� meta-an�lises de ensaios cl�nicos multic�ntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o beneficio inequ�voco dessas medica��es para o tratamento da covid-19. Assim, fica a crit�rio do m�dico a prescri��o, sendo necess�ria tamb�m a vontade declarada do paciente", diz um trecho do documento.
O uso ampliado da cloroquina para tratar pacientes com covid-19 foi uma das diverg�ncias que pesaram para o pedido de demiss�o do ent�o ministro Nelson Teich no �ltimo dia 15 e tamb�m para a sa�da de seu antecessor na pasta, Luiz Henrique Mandetta.
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