A C�mara de Controle Externo da Atividade Policial e do Sistema Prisional do Minist�rio P�blico Federal pediu � Procuradoria da Rep�blica no Rio de Janeiro que investigue, sob a �tica c�vel e criminal, as circunst�ncias da morte de Jo�o Pedro Mattos Pinto, adolescente de 14 anos que foi atingido por um tiro na barriga durante opera��o policial no Complexo do Salgueiro em S�o Gon�alo (Regi�o Metropolitana do Rio) na segunda, 18.
O of�cio enviado ao MPF-RJ registra ainda que a apura��o deve levar em considera��o 'inclusive, a possibilidade de ocorr�ncia de oculta��o de cad�ver'. Alvejado o rapaz foi levado para um helic�ptero da pol�cia. Parentes passaram a noite procurando o adolescente em hospitais e s� acharam o corpo 17 horas depois, no IML.
A morte � investigada pela Delegacia de Homic�dios de Niter�i e S�o Gon�alo. A Pol�cia Federal informou que instaurou sindic�ncia para investigar a 'din�mica de atua��o dos policiais federais' na opera��o.
A 7�CCR, vinculada � Procuradoria-Geral da Rep�blica, oficiou ainda a Pol�cia Federal solicitando informa��es sobre a opera��o que resultou na morte de Jo�o Pedro. O MPF pediu � corpora��o: a c�pia de documentos e detalhes da ofensiva; c�pia dos registros audiovisuais da opera��o captados pela PF, se existentes; dados sobre a delegacia respons�vel; objetivos da ofensiva; nomes dos agentes envolvidos; distribui��o de tarefas entre as for�as de seguran�a que participaram da opera��o.
A Procuradoria tamb�m perguntou � PF se Jo�o Pedro foi socorrido ou transportado a alguma unidade de sa�de por agentes da PF se houve autua��o de procedimento interno para apura��o das circunst�ncias da morte do jovem.
Os documentos s�o assinados pelo coordenador da 7� C�mara, subprocurador-geral da Rep�blica Domingos S�vio da Silveira, e pelo procurador regional da Rep�blica Marcelo de Figueiredo Freire, membro da 7CCR e coordenador do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Defesa da Cidadania.
A opera��o que resultou na morte de Jo�o Pedro foi realizada pela Pol�cia Federal com apoio das pol�cias Civil e Militar do Rio. O objetivo era cumprir dois mandados de busca e apreens�o numa investiga��o contra o suposto l�der do tr�fico na regi�o. Os alvos n�o foram localizados e ningu�m foi preso.
Segundo a fam�lia e testemunhas, policiais chegaram atirando � casa onde Jo�o e amigos estavam, na praia da Luz, em Itaoca. O rapaz foi atingido na barriga e levado para um helic�ptero da pol�cia, de onde partiu inicialmente para o heliponto da Lagoa, na zona sul do Rio. Ao chegar, os policiais constataram que o adolescente estava morto, e ent�o levou o corpo para o Instituto M�dico-Legal (IML) de S�o Gon�alo.
Em nota, Superintend�ncia Regional no Rio de Janeiro informou nesta quarta, 20, que instaurou sindic�ncia no �mbito de sua Corregedoria para apurar "a din�mica de atua��o dos policiais federais". A PF informou ainda que est� acompanhando o inqu�rito instaurado pela Pol�cia Civil e "prestar� todas as informa��es e apoio necess�rio � elucida��o dos fatos que resultaram na morte do adolescente".
GERAL