O primeiro dia do retorno ao funcionamento de parte do com�rcio de Belo Horizonte, nesta segunda-feira, 25, teve drible �s regras da prefeitura, aglomera��es, pessoas sem m�scaras nas ruas e filas enormes para entrada nos shoppings populares da cidade. A decis�o pela volta do com�rcio foi anunciada na sexta-feira, 22, pelo munic�pio mesmo com temor da equipe m�dica da prefeitura sobre os impactos da medida.
Al�m dos shoppings populares, a prefeitura autorizou o retorno, tamb�m nesta segunda-feira, de papelarias, lojas de m�veis, artigos de ilumina��o, tecidos e armarinho, por exemplo. Na regi�o central da cidade, � grande o n�mero de lojas que n�o podem reabrir, como a de venda de roupas, mas que arrumaram um jeito de driblar a fiscaliza��o. Os estabelecimentos ficam com as portas � meia altura, tentando disfar�ar o atendimento aos clientes.
Segundo a prefeitura, quem n�o respeitar as regras do retorno do com�rcio, que, conforme o munic�pio, ser� gradual, e depender� do avan�o ou n�o da covid-19 na cidade, poder� perder o alvar� de funcionamento. O retorno vale apenas para lojas com portas para a rua. Galerias, por exemplo, t�m que permanecer fechadas.
Na regi�o do maior centro de compras popular da cidade, o Shopping Oi, foi grande nesta manh� as aglomera��es de pessoas, muitas, sem m�scaras. Ponto de �nibus ficaram lotados. A fila para entrada no shopping, j� era grande antes das 10h. O centro de comprar abriu �s 11h. Um funcion�rio, pr�ximo do hor�rio da abertura, fazia mais marca��es no ch�o para o distanciamento entre os clientes.
Um dos que esperavam a abertura do centro era Bruno S�rgio Luiz de Ara�jo, de 26 anos. "Trabalho com conserto de telefones celulares. Tenho que vir aqui para comprar pe�as. Fazia isso pela internet, mas a burocracia � muito grande", disse. Bruno, com o que viu hoje na entrada do Shopping Oi, avalia que a situa��o da doen�a na capital pode piorar. "J� est� dif�cil com o povo dentro de casa. Imagina agora, come�ando a sair"?, questiona.
O Shopping Oi, para reabrir, adotou medi��o de temperatura dos clientes na entrada, o distanciamento na fila e restri��o no n�mero de pessoas dentro do centro de compras, 500 por vez. Funcion�rios tamb�m tinham a temperatura medida. Al�m disso, apenas lojas com n�meros pares abriram hoje. Nesta ter�a-feira, voltam a funcionar as de n�meros �mpares.
No retorno, houve reclama��o de falta de comunica��o por parte da prefeitura sobre quais estabelecimentos poderiam voltar hoje. A artes� Ana Paula Carvalho, de 50 anos, moradora de Vespasiano, na Grande Belo Horizonte.
"Sa� �s 6h da manh� de casa para comprar um material que vende em poucos lugares. Chegou aqui, est� fechado, disse", na entrada da Galeria Ouvidor, a mais tradicional da capital, �rea que tamb�m registrou aglomera��o de pessoas nesta manh�. Segundo a prefeitura, as informa��es sobre o retorno do com�rcio foram repassadas em coletivas de imprensa, al�m de terem sido colocadas textos no site da prefeitura e de ter um servi�o por telefone para sanar d�vidas.
Medo
Na sexta-feira, durante an�ncio do retorno parcial do com�rcio de Belo Horizonte, um dos m�dicos que fazem parte do comit� criado para tra�ar estrat�gias contra a covid-19 na cidade, Jackson Machado, disse que o momento lhe trazia "um pouco de medo".
"N�o sabemos o que pode acontecer", afirmou. A prefeitura afirma que a reabertura de outros setores do com�rcio depender� de crit�rios que levam em conta o �ndice de transmiss�o da doen�a na cidade, e leitos de UTI e enfermaria dispon�veis no munic�pio.
Existe a possibilidade, ainda conforme a prefeitura, de lojas reabertas voltarem a ser fechadas. Segundo o munic�pio, 9.729 estabelecimentos comerciais puderam reabrir hoje na cidade, com cerca de 30 mil pessoas voltando ao trabalho. Segundo dados da secretaria de Estado da Sa�de, Belo Horizonte tem 1.402 casos de covid-19 e 42 mortes pela doen�a.
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