Estudo feito pela Universidade Federal de Uberl�ndia (UFU) aponta uma elevada subnotifica��o de mortes pela covid-19 no Estado de Minas Gerais. A pesquisa mostra ainda que o primeiro �bito pela doen�a em Minas pode ter ocorrido no in�cio de mar�o, e n�o no dia 30 daquele m�s, conforme diz o governo.
Os pesquisadores, em levantamento que considerou registros de �bitos por S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) de 2017 a 2020, afirmam que, entre janeiro e abril deste ano, em compara��o com a m�dia dos anos anteriores, foi verificado aumento de 649% nas mortes por doen�as desse tipo, ou seja, aquelas que apresentam sintomas parecidos com os da covid-19.
Conforme o trabalho, entre janeiro e abril de 2020, 201 mortes em Minas tiveram como causa na certid�o de �bito a covid-19. No mesmo per�odo, 539 pessoas morreram de SRAGs. Na m�dia dos anos de 2017 a 2019, foram registradas, segundo o estudo, 72 �bitos por SRAGs.
Dados oficiais divulgados pelo Estado invariavelmente apontam Minas com resultados que poderiam ser considerados satisfat�rios no enfrentamento � covid, sobretudo se considerados os vizinhos S�o Paulo e Rio. A explica��o apresentada pelo governo � a rapidez na ado��o de medidas como o isolamento social e sua aceita��o pela popula��o. Mas especialistas criticam tamb�m o baixo �ndice de testagem no Estado.
Segundo o professor Stefan Vilges de Oliveira, um dos respons�veis pelo estudo, o excesso de casos de SRAGs come�ou a ser notado a partir da semana entre 1.� e 7 de mar�o. "Fomos atr�s das s�ries hist�ricas de meses anteriores e, de fato, o que observamos foi excesso no n�mero de mortes." Segundo ele, � fundamental a realiza��o dos diagn�sticos precisos. "N�meros subestimados podem causar falsa sensa��o de seguran�a, e acarretar afrouxamento por parte da popula��o", afirmou.
Resposta
A Secretaria de Estado da Sa�de afirmou que os testes, seguindo determina��es do Minist�rio da Sa�de, s�o realizados atualmente em todos os �bitos suspeitos, pacientes hospitalizados com SRAGs e tamb�m em profissionais da linha de frente de combate � pandemia. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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