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Estado de Minas GERAL

Em flexibiliza��o, SP prev� at� dobrar casos de covid-19 ao fim do m�s


postado em 04/06/2020 12:30

O governo do Estado de S�o Paulo indicou nesta quarta-feira que, na pr�xima semana, as regi�es de Bauru e Barretos devem regredir para a fase laranja de reabertura econ�mica, mais r�gida do que a amarela, em que foram inicialmente classificadas. J� as regi�es de Registro, Taubat� e a Baixada Santista, que est�o na fase vermelha, devem evoluir para a fase laranja.

A fase 3 (amarela) de flexibiliza��o permite a reabertura parcial de atividades, como com�rcio de rua, shoppings, bares e sal�es de beleza. J� a 2 (laranja) permite a abertura do com�rcio com restri��es e pro�be o funcionamento de restaurantes. Na fase 1 (vermelha), a mais restritiva, apenas atividades essenciais, como supermercados e farm�cias, podem funcionar.

O plano paulista de reabertura econ�mica prev� a reclassifica��o peri�dica das regi�es do Estado, segundo indicadores como a quantidade de leitos dispon�veis e o avan�o da covid-19.

O governo ainda negocia a situa��o das cidades da Grande S�o Paulo, que no momento est�o classificadas com a cor vermelha. Uma reuni�o com os prefeitos ocorreu ontem. A eventual migra��o das regi�es de uma cor para a outra deve ser anunciada apenas na quarta-feira da semana que vem.

O prefeito de Bauru, Clodoaldo Gazzetta (PSDB), afirmou ontem que est� ciente do indicativo de aumento de restri��es e vai acatar as determina��es do Estado. "Se voltar ao laranja, vamos seguir o caminho que est� pactuado", disse. Ele disse ainda que, caso um prefeito decida descumprir as regras do plano, "assume a responsabilidades pelas mortes" que poder�o ocorrer por causa da covid-19.

Em coletiva de imprensa no Pal�cio dos Bandeirantes ontem, o governador Jo�o Doria (PSDB) divulgou proje��o sobre a evolu��o da pandemia em junho no Estado. Os dados apontam que o n�mero total de infectados pode mais do que dobrar at� o pr�ximo dia 30, e ficar entre 190 mil e 265 mil casos, ante os atuais 123 mil casos.

Segundo o vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), o processo de reabertura parcial de algumas regi�es do Estado foi feito levando em conta essas proje��es. "N�o h� surpresa nos n�meros apresentados e eles fazem parte desse planejamento na �rea da Sa�de."

Segundo o governo, em abril o total de casos da doen�a cresceu dez vezes, passando de 2.981 para mais de 30 mil casos. J� em maio, o aumento foi menor, de tr�s vezes, crescendo de 30 mil para cerca de 118 mil casos. A proje��o da �rea da sa�de, segundo Garcia, � de que doen�a ainda cres�a entre 1,7 vez e 2,4 vezes at� 30 de junho.

Doria destacou que o Minist�rio P�blico Estadual ser� acionado para tomar medidas contra prefeitos do interior que resolverem adotar medidas de libera��o que sejam diferentes daquelas previstas no plano.

Capital

O prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), destacou um dos �ndices que � avaliado para a classifica��o de uma regi�o: a ocupa��o dos leitos de UTI. Ele ressaltou que, pelo segundo dia, a taxa na cidade de S�o Paulo est� abaixo dos 70%, o que colocaria a capital na fase amarela. "A preocupa��o � que a gente n�o retroceda e n�o volte a crescer em n�meros de solicita��o de UTI em S�o Paulo. O Estado elencou as regi�es e, para todos os indicadores, estamos na fase 2 (laranja) ou na fase 3 (amarela) e para alguns a cidade de S�o Paulo j� est� na fase 4 (verde)", disse. O Estado de S�o Paulo registrou 282 �bitos por covid-19 em 24 horas, fazendo o total chegar a 8.276. Os casos confirmados subiram de 118.295 para 123.483.

Alta nos casos

Nos primeiros dias de maio, o prefeito de Feira de Santana (BA), Colbert Martins (MDB), viu que o n�mero de casos da covid-19 na cidade era muito baixo, os leitos de UTI estavam quase todos desocupados e decidiu afrouxar as regras de quarentena impostas duas semanas antes. "Fui liberando aos pouquinhos e quando chegou no Dia das M�es (10 de maio) estava quase tudo aberto, menos bares, restaurantes e academias", disse ele.

Vinte dias depois, Martins foi obrigado a recuar diante do crescimento repentino dos casos em 105%, segundo uma pesquisa da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Os registros de casos saltaram de 15 para mais de 30 por dia. Hoje a cidade soma 486 pessoas contaminadas e seis mortes pela covid. O prefeito, que tamb�m � m�dico, diz que n�o se arrepende, mas aprendeu a li��o.

"Primeiro temos de buscar manter a vida. A economia tem de ser mantida com investimento forte do governo federal nas empresas e no combate ao desemprego", disse ele. Feira de Santana n�o � um caso isolado. Cidades e regi�es que anteciparam a retomada das atividades econ�micas registraram aumento do n�mero de casos do coronav�rus. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade da Regi�o de Joinville (Univille) mostra inclina��o vertical na curva de contamina��es duas semanas ap�s o governo do Estado ter flexibilizado o isolamento.

Segundo o estudo, proje��es feitas antes da flexibiliza��o apontavam para um n�mero em torno de 3 mil contaminados no Estado no in�cio de junho. Ontem, Santa Catarina registrou 9.660 casos com 148 �bitos. O levantamento mostra que houve salto de 130% de registros nas duas semanas seguintes � flexibiliza��o da quarentena, anunciada pelo governador Carlos Mois�s (PSL) no dia 13 de abril. Os n�meros saltaram de 853 para 1.995 registros. "A situa��o n�o est� confort�vel como boa parte das pessoas pensa", disse o pesquisador da Univille Andr� Nogueira.

Em Governador Valadares (MG), a prefeitura decidiu flexibilizar a quarentena, com restri��es, no dia 20 de abril, quando a cidade relatava apenas dez casos de covid-19. No dia 2 de maio, o n�mero j� havia triplicado. Hoje a cidade registra 193 casos confirmados e sete mortes. Quadro semelhante se repete em outras cidades mineiras, como Ribeir�o das Neves, na regi�o metropolitana de Belo Horizonte, que reabriu as portas de maneira controlada no dia 21 de abril. Minas e Santa Catarina est�o entre os nove Estados que iniciaram a flexibiliza��o do isolamento no fim de abril, dando liberdade aos prefeitos para adotarem as medidas que acharem necess�rias.

Associa��o

Segundo a superintendente de Vigil�ncia Sanit�ria de Santa Catarina, Raquel Ribeiro Bittencourt, n�o � poss�vel associar �ndices de contamina��o no Estado � flexibiliza��o. "Era um contexto esperado que iria ocorrer com ou sem a flexibiliza��o." Para Raquel, outros fatores contribu�ram para o resultado da pesquisa, principalmente o aumento de testes, que hoje � de 700 por dia.

Em Minas, o governo Romeu Zema (Novo) lan�ou na semana passada o programa Minas Consciente, com o objetivo de preparar o Estado para o p�s-pandemia sob a �tica econ�mica. Segundo o secret�rio adjunto de Desenvolvimento Econ�mico, Fernando Passalio, muitos prefeitos tiveram dificuldade para entender as normas de isolamento no in�cio e aproveitaram a flexibiliza��o para liberar o m�ximo de atividades. Ele rejeita a hip�tese de que o aumento de casos esteja ligado � flexibiliza��o. Em algumas cidades, diz, a ades�o ao programa vai significar uma retra��o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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