
Ap�s uma semana na etapa de transi��o e mesmo com o isolamento social mantido, engarrafamentos, aglomera��es e grandes filas foram registrados desde a manh� desta segunda-feira, 8, em Fortaleza. Com o in�cio da fase 1 do plano de retomada das atividades econ�micas, mais uma parte do com�rcio na capital cearense reabriu as portas para receber clientes.
Al�m dos estabelecimentos relativos �s cadeias de constru��o civil e sa�de, os com�rcios de rua e de shoppings retornaram com 40% da m�o de obra, hor�rio limitado e respeitando protocolos sanit�rios para prevenir a dissemina��o do novo coronav�rus.
Em um shopping no bairro Parangaba, zona sul da cidade, h� bombeiros civis medindo a temperatura de clientes com term�metro digital. No ch�o, h� marca��es de indica��o para distanciamento social. Lojas controlam a entrada das pessoas para evitar aglomera��es. Por causa disso, enormes filas se formaram no interior do shopping.
A dom�stica Aparecida Silva, de 50 anos, afirmou que estava ansiosa para a reabertura do shopping, j� que precisava resolver pend�ncias no centro comercial. Ela contou, por�m, que teve de enfrentar uma longa espera para ser atendida. "Demorou muito, mas � porque est� bem organizado. N�o deixam entrar muitas pessoas e tamb�m tem poucos atendentes. Apesar disso, eu acho importante, deu at� para comprar algumas coisinhas que eu estava precisando", avaliou.
Outro shopping de Fortaleza, no bairro Edson Queiroz, �rea nobre de Fortaleza, tamb�m abriu as portas com um protocolo completo de biosseguran�a, alterando a rotina do estacionamento, acesso a lojas, restaurantes e uso de �reas comuns. "Com cautela, serenidade e responsabilidade, o shopping planeja a volta da sua opera��o baseada em experi�ncias nacionais e internacionais, e recomenda��es de profissionais da sa�de para o processo de reabertura, com informa��es relacionadas a duas fases, al�m de seguirmos todas as determina��es legais contidas nos decretos federais, estaduais e municipais", explicou Wellington Oliveira, superintendente do estabelecimento.
Entre as medidas do shopping, est�o suspensos os servi�os de vallet, frald�rio e empr�stimo de carrinho de beb� e cadeiras de rodas. Ficam limitados os acessos a elevadores, sanit�rios e �reas administrativas. Meia hora antes do fechamento do centro comercial, ser� comunicado no sistema de �udio o tempo para o encerramento das atividades e o incentivo para antecipar o pagamento do estacionamento, evitando, assim, aglomera��es e filas.
Mariana Holanda, diretora de uma loja de roupas localizada tanto em shoppings quanto nas ruas da capital, disse que o primeiro dia de trabalho dentro do decreto governamental foi especial. "No shopping, tivemos um bom fluxo, n�o foi grande, mas o suficiente para que cada cliente fosse atendido de maneira segura. Em todas as nossas lojas, tomamos o cuidados com os cliente. Nossas atendentes utilizam m�scaras e viseiras de acrilico, pontos de �lcool em gel, marca��es para manter o distanciamento e todas as vendas foram feitas com cart�o. Nossas m�quinas tamb�m est�o plastificadas e ap�s cada venda elas foram higienizadas", afirmou.
Etapa 1 de libera��o
Nesta etapa, que tem dura��o de 14 dias, todas as cadeias produtivas autorizadas a funcionar contam com 40% dos seus empregados liberados para cumprirem suas fun��es de maneira presencial. Os shoppings de Fortaleza funcionar�o diariamente, das 12h �s 20 horas, e s� ser� permitido acesso de pessoas usando m�scaras. No entanto, salas de cinema, atividades de entretenimento, parques infantis, eventos e apresenta��es de teatro, bem como restaurantes e todas as opera��es de alimenta��o n�o est�o permitidos a operar. Alguns servi�os oferecidos pelo empreendimento e alguns espa�os tamb�m ter�o uso limitado.
No centro de Fortaleza, a movimenta��o foi intensa. Muitos pedestres se aglomeraram nas ruas, por�m houve controle no interior das lojas. De acordo com o decreto governamental, o com�rcio de rua deve funcionar das 10h �s 16 horas, para evitar lota��o em �nibus coletivos.
A cadeia automotiva tamb�m come�ou a operar nesta segunda-feira, com os setores da ind�stria, com�rcio e servi�o de ve�culos. A ideia � de que o setor retorne com 36% da cadeia, sendo 6.536 pessoas voltando aos seus postos de trabalho.
Congestionamento
Com o in�cio da fase 1, cerca de 69 mil pessoas voltaram �s suas fun��es na capital cearense. Ruas e avenidas ficaram congestionadas. Para os trabalhadores que utilizam transporte p�blico, a prefeitura de Fortaleza instalou c�mera t�rmica em um dos sete terminais fechados de �nibus, no bairro Ant�nio Bezerra.
A medida pretende fazer a triagem de passageiros que apresentem quadros de febre e orientar a busca por atendimento m�dico. Segundo o titular da Coordenadoria de Fomento � Parceria P�blico-Privada e Concess�es, Rodrigo Nogueira, n�o haver� restri��o para a entrada no terminal. "Caso seja detectada a temperatura acima de 37,5 graus, os passageiros ser�o orientados a buscar uma unidade de sa�de. Caso apresente bons resultados, a ideia � replicar a iniciativa em outros terminais e �rg�os da Prefeitura", comentou.
Isolamento social no Interior
Apesar da libera��o gradual da economia em Fortaleza, cinco cidades da regi�o norte do Cear� seguem em lockdown, como Sobral, Itarema, Itapipoca, Camocim e Acara�. "H� uma preocupa��o com o interior do Estado, uma preocupa��o com o crescimento de casos de covid-19. Ent�o nossa decis�o � renovar o isolamento social em Fortaleza por mais sete dias e manter o isolamento r�gido nestas cidades", declarou o governador do Cear�, Camilo Santana (PT), durante transmiss�o nas redes sociais no �ltimo s�bado, 6.
Pr�xima etapa
A segunda fase do protocolo de reabertura da economia no Cear� � condicionada ao resultado das etapas anteriores. A partir do dia 22 de junho, poder�o funcionar as ag�ncias de comunica��o, ind�strias e servi�os de apoio, consultoria de tecnologia da informa��o.
Bares e restaurantes poder�o funcionar das 9h �s 16h; celebra��es religiosas poder�o acontecer com apenas 20% da capacidade de pessoas. Por fim, a segunda fase tamb�m permite que a categoria de esporte, lazer e cultura funcionem para alugu�is de equipamentos.