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Estado de Minas GERAL

Modelo projeta que 6 mil vidas seriam salvas em 2 semanas se mantido isolamento


postado em 09/06/2020 15:58

Uma proje��o feita por professores ligados � Universidade de Campinas (Unicamp) sobre a evolu��o da pandemia de covid-19 no Pa�s apontou que, mantido o isolamento social na intensidade da primeira semana deste m�s, o Brasil conseguiria salvar mais de 6 mil vidas at� 21 de junho - h� mais de 37 mil mortos pela doen�a at� esta ter�a, 9. Os n�meros do trabalho - que surge no momento em que Estados e prefeituras afrouxam o isolamento, mesmo com a epidemia em expans�o - projetavam tamb�m que um ter�o (34%) das pessoas salvas pelas medidas no per�odo estaria em S�o Paulo e um quinto (21%), no Rio. Mais da metade (53%) moraria na Regi�o Sudeste.

As estimativas constavam na segunda, 8, da vers�o atualizada da semana da p�gina "Vidas salvas no Brasil pelo isolamento social", desenvolvida pelos professores Paulo Jos� da Silva e Silva, da Unicamp, e Claudia Sagastiz�bal, colaboradora da universidade. Os pesquisadores fizeram ajustes do R-Zero, indicador da taxa de replica��o do v�rus (que mostra quantas pessoas s�o contaminadas por cada portador da doen�a) para descobrir se varia no tempo. Diariamente, s�o feitos ajustes com novos dados, por isso os n�meros sofrem pequenas mudan�as - o per�odo projetado, de duas semanas, tamb�m avan�a.

"A ideia � buscar identificar tend�ncias na evolu��o da taxa de propaga��o do v�rus e consequente acelera��o ou desacelera��o da epidemia depois do in�cio dos protocolos de distanciamento social, que foram implementados a partir de 24 de mar�o em v�rios lugares do Pa�s. Quando os dados anteriores ao dia 24 de mar�o n�o s�o suficientes para fazer a an�lise, n�s usamos os dados da primeira semana em que conseguimos estimar o comportamento do v�rus para representar o per�odo anterior ao isolamento social", explicam os pesquisadores na p�gina.

Assim, para calcular quantas pessoas seriam salvas da morte pelo isolamento social, os professores projetaram dois "caminhos" para os n�meros no Brasil, no per�odo de duas semanas iniciado na segunda, 8, e a se encerrar no pr�ximo dia 21. Um deles seguiria a taxa de reprodu��o do v�rus anterior �s medidas de isolamento, como se n�o tivessem sido tomadas. O modelo apontava que nesse caso cada infectado contaminaria 2,27 outras pessoas. O outro, com a quarentena, baixava o indicador para 1,41 pessoa infectada por doente. Esse � o indicador da semana anterior ao in�cio dos c�lculos, sob isolamento. Os n�meros de vidas poupadas s�o as diferen�as, acumuladas dia a dia, entre os n�meros projetados de mortos nas duas hip�teses, de 9 a 21 de junho. Esses per�odos s�o ajustados, com dados, � medida que o tempo avan�a. As informa��es s�o do site Observat�rio Covid-19.

"H� uma mudan�a pequena todo dia", explicou Silva e Silva ao Estad�o/Broadcast. "(O c�lculo) � feito para resistir a mudan�as pequenas. Evita olhar mudan�as abruptas de um dia para o outro." O pesquisador afirmou que evita fazer c�lculos por per�odos muito longos, porque "tem muito erro associado".

Assim, at� 9 de junho, pela primeira hip�tese, morreriam 1.865 pessoas, e pela segunda, 1.292. Logo, at� aquele dia, seriam salvas pela quarentena 573 vidas. No dia seguinte, esse n�mero subiria para 755; em seguida, 967, e assim por diante. Em 21 de junho, a diferen�a entre os dois caminhos (respectivamente 8.823 e 2.204 �bitos) resultaria nas 6.619 pessoas poupadas. Importante lembrar: esse per�odo � ajustado dia a dia.

"O distanciamento social parece ter sido efetivo quando consideramos o Brasil inteiro e, ap�s perder um pouco de for�a h� umas semanas, parece ter melhorado", dizem os pesquisadores nos coment�rios da p�gina. "Cabe destacar que ele tem perdido for�a no Centro-Oeste e Sul, onde perderam boa parte do ganho obtido inicialmente. (...) Por fim, vemos que as curvas de uma forma geral foram achatadas. Mas o n�mero de doentes ainda cresce muito, mesmo que mais lentamente. Isso sugere que � imperativo que os governos busquem alternativas de controle da epidemia para n�o enfrentarmos colapsos nos sistemas de sa�de em breve."


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